Ufa! Já é Natal!
Em outros tempos, um dia como de hoje era muito diferente do que é. A começar pelo sentimentalismo que existia naquelas épocas. Mesmo que se saiba que coisas ruins sempre aconteceram. Mas eram em quantidades ínfimas ao que ocorre atualmente.
Se alguém se propuser a acompanhar o noticiário atual, em qualquer dos veículos de informação, concluirá que nos dias atuais só acontecem coisas ruins. Crimes e tragédias de todos os tipos, tirando a esperança de muitos. Talvez de todos.
Isso deve-se atribuir ao progresso, à passagem dos tempos, que carregam nuances totalmente diferentes do outrora. A pureza, a leveza, de almas, parece até ter se abolido nas pessoas. Há um indiferença natural nelas. Quase ninguém se preocupa com seu semelhante. Mesmo que aja campanha nesse sentido. Fazer o quê?
Até mesmo as crianças desses tempos já não sentem as mesmas coisas que as outras daqueles tempos. Se incumbiram de tirar suas inocências. Acreditar em Papai Noel, hoje, é um verdadeiro sacrilégio, uma idiotice das maiores. Criança hoje carrega sentimentos pesados. É onde se vê o desrespeito aos mais velhos. Isso sem contar as agressões que eles sofrem. E na própria família.
Também há o consumismo desenfreado, fazendo com que todos se voltem apenas para o mercantilismo. E as lojas e comerciantes adoram isso. Ninguém liga mais para o sentimentalismo de um presente. Este tem que ser caro e pomposo. Se não, é uma condição de desprezo.
E a família? Coitada! Esta desmoronou-se por completo. Aquela mesa, com tudo farto e variado de uma noite de Natal já não existe quase mais. Se estiverem em suas casas no Dia de Natal, todos estarão com seus aparelhos celulares em mãos, trocando mensagens ou conversando através do whatsaap. Isso, sim, é importante e interessante. A conversa ao vivo em em pessoa já ficou para segundo plano. Coisa de quem é antigo.
Afinal, fazer o quê? Estes tempos são a atualidade. É o que anda valendo. E a tendência, com passar dos tempos e dos anos, o ser humano isolar-se de vez, portar-se como um ser frio e insensível. Isso se o mundo não acabar antes. É uma questão de tempo. Quem viver, verá!
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