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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

É VIVER OU VIVER!

      Em algum de meus textos, que já são muitos, devo ter expressado que o mundo é perfeito pelas imperfeições que possui. E tal situação pode parecer paradoxal. Mas não se consegue explicar todas as coisas que já aconteceram, e ainda acontecem, em nossas vidas e também nesse mundo em que vivemos.

      Também já devo ter citado que, por ser inteligente, o ser humano não devesse fazer muitas das coisas que faz. Nesse caso, pela inteligência que possui, ele deveria fazer a coisa certa. Sempre. Mas aí já é pedir de mais.

      É de se imaginar que grande parte das pessoas erra muito. Também se desvia da simplicidade, agindo sempre através da complicação, escolhendo o caminho ou o método mais difícil e complicado para realizar suas ações. Por isso o mundo é tão complicado, como vemos.

      E mesmo que a humanidade exista há milhares de anos, e alguns até afirmam serem bilhões deles, mesmo assim ainda deve andar faltando muito para a perfeição. Quiçá nunca a alcançará. Vida que segue...

      Então é ir esbarrando e enfrentando, sempre, muitas das dificuldades que se nos apresenta. Porque parece não haver outra alternativa. E mesmo que se tenham desenvolvidos muitos métodos de ensino, isso não alcança um único padrão porque cada ser humano possui suas características e peculiaridades próprias. Então cada um buscará escolher seu método e o colocará em prática em seu cotidiano.

      Vemos divergências, por exemplo, nas próprias leis que são criadas. Há sempre alguém que surge com uma interpretação diferente. E isso gera atrito, discussão e confusão, não se chegando a um denominador, daí se gerando jurisprudências, aumentando os desacertos. E isso tira a tranquilidade da vida.

      Além da complexidade natural, foram criadas muitas outras. A moeda (o dinheiro) talvez seja o complicador maior de tudo. Mas há um fator muito importante: um pequeno exercício comportamental que é o de sempre querer puxar a brasa para a própria sardinha. Isso representa dizer, ser mais importante que o semelhante (o outro). E isso gera mais de uma propriedade a qual a maior delas é a presunção.

      Pelo andar da carruagem isso nunca alcançará um fim, um limite. Então, só nos resta conviver com tantos absurdos. Mesmo que nunca nos acostumemos com eles. Mas não existe outra alternativa. É viver ou viver!

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