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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

EVIDÊNCIAS COMUNS EM DESCALABROS

      Explorar acontecimentos tristes, trágicos, fatídicos e nefastos parece ser uma das maiores peculiaridades de alguns seres humanos. Sendo assim, quando um deles acontecem, não há como evitar tais procedimentos.

     Sendo assim, o último deles, acontecido nesse Sábado, 8, na cidade de Capitólio, em Minas Gerais, foi o que se pode chamar de bola da vez. E não se perdeu tempo com isso. Então as notícias e os fatos foram se amontoando, gerando uma comoção geral. Em nosso país e até fora dele.

     De buscarem associá-lo ao desempenho do governo, também explorando religião, haja vista que a embarcação mais atingida nesse episódio possuía o nome de "Jesus", muitas ideias foram criadas e sugeridas a respeito.

     Dessa forma acaba-se fugindo do normal. Principalmente dos sofrimentos dos diretamente envolvidos nesse acidente, bem como de parentes e amigos deles. E os mortos foram dez, sendo que feridos alcançou o número de três dezenas.

     Com a facilidade nas comunicações que existem hoje, imediatamente tudo o que aconteceu foi divulgado e espalhado, gerando situações das mais diversas. Mas com o calor do acontecimento, abandonaram uma coisa importante: o bom senso.

     Há dez anos atrás alguém havia publicado uma fotografia que mostrava a abertura na fenda daquele lugar, legendando o provável perigo que isso constituía desde então. Mas tal fato não foi atentado naquela ocasião. Isso é quase de praxe em nosso país. O aspecto prevenção sempre é desconsiderado. Daí acontecerem as famosas "tragédias anunciadas".

     E do que se viu em alguns lances mostrados um pouco antes do acontecimento, certas filmagens mostraram que havia desprendimentos de pedras caindo na água, o que deveria ser observado por alguns naquele lugar. Mas isso, infelizmente, não aconteceu. E a tragédia se deu, ceifando a vida daquelas dez pessoas.

     Agora alguns ficam buscando desenterrar os cadáveres, quando buscam apontar a culpa de alguém nesse caso. Têm-se que ter a exata noção de que isto é culpa de todos porque em nosso país os discernimentos coletivos são limitados. E isso provoca o fato de só se percebê-los após eles terem acontecido. E isso é até comum por aqui.

     Pode-se até relacionar os fatos com as chuvas caídas no país nesses últimos dias em Minas Gerais e na Bahia. Sabe-se muito bem que entre o final do ano anterior e o início do que chega, quase sempre chove muito. E isso se percebe a cada ano que passa.  Mas mesmo assim, anualmente tomamos conhecimento de muitas tragédias acontecidas em muitos lugares, repetindo-se episódios todos os anos.

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