Este autor sempre foi fiel seguidor das coisas da natureza e da naturalidade, obviedade à parte, claro. E guardando as devidas circunstâncias, como por exemplo, não aceitar tudo o que andam querendo enfiar goela a dentro de todos nós. E isso é um exercício maciço e frequente de muitos, principalmente dos espertalhões, oportunistas, enfim, de muita gente pervertida.
Acorda-se diariamente e logo ao saber das primeiras notícias do dia, que nem são as mais importantes, dá-se conta do horror em que o mundo transformou-se. E nem foi recentemente. Há muito que isso acontece. Só que com o passar dos dias e do tempo, esse processo acelerou-se de uma forma absurda, a ponto de nos impedir controlar todas as situações.
E nessas transformações o mundo virou de cabeça para baixo. Tudo o que antes valia, hoje já não vale mais. E as principais mudanças se deram na moralidade. Imaginem se alguém conseguisse transportar uma pessoa do final do século XIX para esse atual presente? Esta morreria na hora, estarrecida com o que veria, se comparado ao seu tempo.
Mas como tais mudanças se dão de forma lenta, quase invisível, não é captada pelos existentes no presente. Daí que não conseguem analisá-las. E nisso todos vamos levando de roldão, tendo que submeter-se, obrigatoriamente, a tanto absurdo.
Todas as mazelas que nos envolvem, são prejudiciais a nós. Sob quase todos os aspectos. Mas a modernidade criou também processos para maquiar a realidade, buscando impedir que tenhamos a exata noção dos absurdos. Então, chegamos no ponto do caos.
E a cegueira circunstancial que nos atinge, nos faz cegos para as ruindades que atingem ao próximo. Com isso deixamos de ver que lá na frente seremos atingidos por esse caos, também. Formou-se um verdadeiro círculo vicioso.
Se alguém resolver isolar-se, num canto tranquilo qualquer, longe dessa loucura que nos cerca, começando a analisar com frieza e equilíbrio tudo o que está aí à nossa disposição, percebendo a falta de decência, moralidade, pudor, vergonha, respeito entre todos, analisando com profundidade tudo isso, é bem capaz de buscar por fim à própria vida.
Esta assertiva é reflexo de uma notícia ouvida por esse autor, logo após acordar-se, quando ligou o rádio como distração, mas ouviu sobre o fato de um homem ser assassinado com um tiro na cabeça, ainda às 5 h da manhã, quando iria buscar a mulher em algum lugar. E dois criminosos o surpreenderam, matando-o para roubar-lhe o carro onde estava. Isto deu-se num bairro da cidade do Rio de Janeiro, na Tijuca, ontem.
A criminalidade no país está uniformizada. O que acontece num estado acontece num outro qualquer. E a politicagem existente trabalha insistentemente para que fatos como esse aconteçam diuturnamente. Mas o povão é que é o único responsável por ela, porque elege criminosos para criar suas leis. E onde é que bandidos criarão leis para punir o crime? Não são bobos de darem tiro no próprio pé, não é?
Nenhum comentário:
Postar um comentário