Buscou-se desenvolver uma qualificação humana voltada para a neutralização do ser. Se você quer viver bem, sem incômodos, se anule. Não emita nenhuma ideia, bem como conceito. Embarque nessa nau da mediocridade e siga em frente feliz e alvissareiro. Dará tudo certo para e com você.
Mas se por acaso decida se posicionar com algo, alguma coisa ou alguém, pode se preparar para enfrentar horrores, tais como cataclismos, tsunamis, terremotos e afins circunstanciais. Sua vida deverá sofrer revertérios quase que diuturnamente. A maioria das pessoas de hoje não querem se posicionar ao lado da verdade, da legalidade, da compostura. Enfim, de muitas outras propriedades afins. Aquelas que indicam moralidade.
Para se constatar tanto descalabro, e a real situação em que o mundo se encontra, basta prestar só um pouco no que acontece em nosso cotidiano. Ainda bem que as mídias informativas estão aí. E elas mostram a pura realidade que vivemos atualmente. Sem dó e sem piedade. Mesmo que algumas se desviem do foco das questões.
Agora, como é possível escapar dela? Pode-se buscar aplicar algumas modalidades de ações. A primeira delas é o obscurecimento, onde você fará vistas grossas para tudo o que ocorre ao seu redor. Mas isso nem surtirá o efeito desejado, porque não é possível a alguém se alijar ou mesmo se alienar a tudo o que o cerca. Então, isto é só um paliativo e mais nada.
Outra alternativa pra buscar neutralizar sofrimento é incluir-se no processo. Fazer parte dele efetiva e concretamente. E por ações efetivas, participando das mumunhas, maracutaias e afins. Inclusive gozando de tudo o que conseguir em tais circunstâncias. Isso é o que mais acontece. E este rol, ou contingente, é enorme no país. Chega até a assustar seu tamanho.
Detalhe: caso você busque se antagonizar com esse tipo de gente, praticamente cavou um cova. Tudo para você será dificultoso, até impossível ou inacessível. É a regra que vigora. A lambança está tão imensa que dá a impressão de ter homologado nesse país uma nova condição funcional e estrutural. Nem se assuste.
Um bom e quase definitivo método de análise do que está exposto, é observar o que aconteceu, e ainda anda acontecendo, no país a partir do estabelecimento da quarentena. Milhares de agentes públicos pararam de trabalhar, protegidos até por leis, mas continuaram recebendo seus rendimentos religiosamente. Não se preocuparam nenhum pouco com as dificuldades da população em várias situações que as afligiu, permanecendo frias e indiferentes à tantas dificuldades.
O único e coerente comportamento de quase todos foi o de reclamar. Ninguém ficou fora disso, bem como das circunstâncias reclamadas, também. Ou seja: viu-se todos os absurdos, mas ninguém colocou a carapuça. Os erros, defeitos e culpas são só nos outros. Não em nenhum de nós, isoladamente. Assim é fácil !!!
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