Ainda teremos que aguardar uns quinze dias para o desfecho do atual período eleitoral e dessa campanha política que ora se desenrola. Mas, convenhamos. É uma coisa sacal, até desagradável, passar por esse transtorno.
Se ainda se pudesse ver candidatos íntegros, sérios, descompromissados de mazelas e maracutaias, aí sim, poderíamos assisti-la de forma tranquila e serena. Porque ver o que vemos, candidatos condenados na justiça, respondendo vários inquéritos e processos nela, é uma coisa totalmente inadmissível. E ainda liderando as pesquisas.
Acrescente-se a isso alguns dos comportamentos de certos candidatos. Há o fanfarrão, o farsante, o cínico, o mentiroso. Até mesmo o desonesto. Então o eleitor tem que passar por tudo isso, sem poder evitar. Caso que ele até pode. Mas aí é não assistir e acompanhar toda essa balbúrdia. E é isso que os mais malandros querem.
Tais circunstâncias a população tem que passar por ela a cada dois anos. Porque entre um tempo e outro, as eleições são de dois âmbitos. O nacional e o municipal. E é o maior sofrimento para a população nesses dois tempos.
Infelizmente, quase sempre, prevalece a sordidez. A mentira rola que ninguém a sente. E pelo tempo a que nos subtemos a tal processo, já deveríamos estar livres desses oportunismos. Mas parece que o eleitorado possui uma cegueira quase crônica, que o impede de ver todas essas barbeiragens desses candidatos.
Até nem se pode cair na asneira de afirmar que são todos iguais. Porque, aí, estaríamos nos colocando nos níveis deles, caso algum de nós se lançasse a alguma concorrência eleitoral numa dessas eleições quaisquer. Só que os aproveitáveis são em quantidades ínfimas.
E ainda há um detalhe. Parece que essa tal de política seja um câncer, porque quem a adentra, quase sempre descamba para o mesmo lado dos desonestos. Infelizmente. E até torna-se um verdadeiro círculo vicioso.
Enfim, que chegue logo o dia dessa eleição, apesar que sabemos que em muitos dos municípios haverá o segundo turno, aumentando o sofrimento dos eleitores dessas regiões. É, basicamente, um carma pesado. Ou um fardo descomunal a carregar. Fazer o quê?
Em tempo*: antes que se esqueça, seria bom que os eleitores já tivessem alcançado um nível de saber, pelo menos, em quem não votar. Mas isso, parece, ainda não alcançamos. Daí que ainda veremos eleitos tanto ou mais dos 300 picaretas (mesmo no plano municipal) que disse o Lula em 1993. Fazer o quê, repita-se?
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