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sábado, 24 de setembro de 2011

UM CONVITE ESPECIAL

     Tenho a honra de convidá-los para assistirem um episódio especial, que acontecerá nesta terça feira, 27 de setembro, por todas as ruas periféricas das favelas deste país: será possível ver ao vivo e à cores, a real situação que jovens pobres encaram em seu cotidiano, já há muito tempo no Brasil. De antemão, aviso a todos para se prepararem para assistir cenas fortes, envolvendo a tristeza e a infelicidade de muitos deles (no caso, delas).
     Todos assistirão as jovens entre 11 a 16 ou 18 anos, se não estiverem carregando no colo ou puxando crianças pequenas pelas mãos, estarão apresentando um estado de gravidez, com suas barrigas volumosas expostas a quem quiser assistir, correndo atrás dos doces de São Cosme e Damião, que são distribuídos pelas pessoas devotas desses santos, evento que é muito antigo em nosso país.
     É óbvio que eu seria um pretensioso se pretendesse me arvorar em o único que tenho o privilégio de observar e constatar tal situação. Mas sei que poucas pessoas tem a percepção disso. Por muitas e muitas razões. A principal delas é que quase ninguém quer saber porque existem meninos e meninas largados pelas ruas das cidades (grandes ou pequenas). 
     Em geral, só se discute o efeito dessa situação. porém as causas ficam abandonadas, esquecidas ou indiferentes à maioria das pessoas. A meu juízo, a causa maior disso tudo é a degradação da família, onde uma criança hoje em dia não tem a referência dos pais para seguir o exemplo de conduta. 
     Sem querer ser um saudosista (e o sou, com certeza),  lembro-me que nas décadas passadas, não havia um órgão específico de gestão para a infância, como hoje existe o tal de Conselho Tutelar. E não havia esse descalabro que há hoje, envolvendo as crianças daquelas épocas. Havia, sim, salvo erro, o SAM, mas com atribuições bem diferentes dessas praticadas pelo CT. E é importante ressaltar que uma criança ou um jovem daquelas épocas, queriam ver ou ouvir no diabo, mas não queriam ser encontradas pelo SAM. As crianças encontradas perambulando ou abandonadas pelas ruas da cidades, eram recolhidas por esse órgão e não tinha refresco.
      Hoje em dia, quem anda pelas ruas de uma cidade como o Rio de Janeiro, depara-se com verdadeiros exércitos de meninos e meninas perambulando por elas,  praticando delitos de todos os tipos. E sem que as autoridades façam algo objetivo para por fim a tal descalabro. Sendo que em alguns casos que envolvam menores de 11 ou 12 anos, dizem não poderem fazer nada porque o Estatuto da Criança e do Adolescente não o permitem. Pelo menos é o que vejo e/ou ouço na imprensa quase que diáriamente.
      Então, só nos basta confortarmos-nos com tais absurdos. E, também, nos acostumarmos-nos em presenciar os horrores que estão aí em nossas vidas, rezando para que a nossa hora de ser atingido por qualquer tragédia não chegue nunca ou demore a acontecer.
      Daí que reforço o convite a todos para que não deixem passar essa oportunidade de  assistir aos futuros agentes do caos.  Bom espetáculo !!!

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