Apesar de já ser quase um sessentão, considero-me uma pessoa moderna (guardando as devidas proporções, é claro!) e gostaria de dizer aos mais jovens que eles alcancem, logo, essa minha faixa de idade.
É óbvio que isto é uma afirmação meio sem nexo. Mas o que eu quero dizer, mesmo, é que os jovens de hoje, quando alcançarem a faixa de idade dos sessenta, como eu, com certeza terão a oportunidade de perceber o quanto o tempo provoca deslocamentos em nossas vidas.
Como sabemos, está se realizando no Rio de Janeiro o Rock In Rio. A primeira edição nacional desse festival foi realizada em 1985. E digo, logo, que não fui lá, apesar de estar presente o meu ídolo de juventude, nada mais nada menos do que James Taylor, do qual eu possuo todos os discos (entre vinil e cd).
Naquela época os recursos da parafernália eletrônica eram bem menores do que os que estão aí para essa geração. Lembro-me que a venda dos ingressos não contava com esse aparato todo que hoje conta, sendo que uma parte das vendas foi efetuada em bilheterias no próprio local do show, fazendo com que muita gente ao comprar o bilhete de entrada e adentrar ao espaço do evento, já encontrava o show em andamento. Mas isso não chegou a incomodar e nem desagradar a ninguém.
Segundo os que foram, as dificuldades lá dentro foram várias, a começar pelo lamaçal que se formou naquele espaço, dificultando a vida de todos que estavam lá. O evento foi realizado no início do ano, época fértil em chuva, como sabemos. O acesso a locais sanitários também foram difíceis, obrigando a muita gente fazer suas necessidades fisiológicas aí mesmo onde estava, principalmente urinar. Mas isto não abalou a alegria de ninguém, segundo a opinião dos que lá foram. A alegria rolou geral!
O acesso ao espaço do show foi feito de todas as formas. A organização naquela época não controlou a situação da forma como está sendo feita nessa última edição do Rock In Rio. Muitas coisas que estão aí, e sendo considerada como organização, não passa é de engôdo aos incautos que lá estão comparecendo.
A primeira delas é dificultar o acesso dos próprios moradores daquela área. Tive a oportunidade de conversar com um morador de lá e este me informou que no condomínio onde mora, nem todo mundo recebeu o adesivo para colocar em seus carros e facilitar seu acesso à sua casa.
Outro absurdo foi limitar a chegada de carros, ônibus que não fizessem parte do esquema de trânsito por eles traçado, até os táxis foram proibidos de levar passageiros ao local do show.
Mas o mais espantoso foi a prefeitura criar um sistema de transporte exclusivo, cobrando R$35,00 reais em cada sentido de direção no deslocamento do público que lá foi. Penso que isso foi um verdadeiro absurdo. E isso sem contar a dificuldade que o povo teve para pegar o cartão de passagem do ônibus. Acompanhei pela imprensa toda essa epopéia dos jovens que pretendiam assistir aquele show.
Penso que esse pessoal organizador desse evento, deveria ter buscado informações na metodologia que foi usada em 1985 e copiá-la. Teriam atendido ao povão de uma forma mais simples e mais objetiva. E menos custosa. Mas vá explicar esse último fato.
Há a necessidade do povo perceber quando está sendo explorado ou enganado. E ele perdeu uma grande oportunidade de verificar isso, nessa vez.
Agora, não adianta chorar o leite derramado. É aguardar um próximo evento grandioso como esse e pedir aos organizadores que eles sejam menos, menos...
Não é à toa que tenho me manifestado contrariamente nesse blog, às modernidades do mundo atual. Eu sei: estou ficando velho....
É óbvio que isto é uma afirmação meio sem nexo. Mas o que eu quero dizer, mesmo, é que os jovens de hoje, quando alcançarem a faixa de idade dos sessenta, como eu, com certeza terão a oportunidade de perceber o quanto o tempo provoca deslocamentos em nossas vidas.
Como sabemos, está se realizando no Rio de Janeiro o Rock In Rio. A primeira edição nacional desse festival foi realizada em 1985. E digo, logo, que não fui lá, apesar de estar presente o meu ídolo de juventude, nada mais nada menos do que James Taylor, do qual eu possuo todos os discos (entre vinil e cd).
Naquela época os recursos da parafernália eletrônica eram bem menores do que os que estão aí para essa geração. Lembro-me que a venda dos ingressos não contava com esse aparato todo que hoje conta, sendo que uma parte das vendas foi efetuada em bilheterias no próprio local do show, fazendo com que muita gente ao comprar o bilhete de entrada e adentrar ao espaço do evento, já encontrava o show em andamento. Mas isso não chegou a incomodar e nem desagradar a ninguém.
Segundo os que foram, as dificuldades lá dentro foram várias, a começar pelo lamaçal que se formou naquele espaço, dificultando a vida de todos que estavam lá. O evento foi realizado no início do ano, época fértil em chuva, como sabemos. O acesso a locais sanitários também foram difíceis, obrigando a muita gente fazer suas necessidades fisiológicas aí mesmo onde estava, principalmente urinar. Mas isto não abalou a alegria de ninguém, segundo a opinião dos que lá foram. A alegria rolou geral!
O acesso ao espaço do show foi feito de todas as formas. A organização naquela época não controlou a situação da forma como está sendo feita nessa última edição do Rock In Rio. Muitas coisas que estão aí, e sendo considerada como organização, não passa é de engôdo aos incautos que lá estão comparecendo.
A primeira delas é dificultar o acesso dos próprios moradores daquela área. Tive a oportunidade de conversar com um morador de lá e este me informou que no condomínio onde mora, nem todo mundo recebeu o adesivo para colocar em seus carros e facilitar seu acesso à sua casa.
Outro absurdo foi limitar a chegada de carros, ônibus que não fizessem parte do esquema de trânsito por eles traçado, até os táxis foram proibidos de levar passageiros ao local do show.
Mas o mais espantoso foi a prefeitura criar um sistema de transporte exclusivo, cobrando R$35,00 reais em cada sentido de direção no deslocamento do público que lá foi. Penso que isso foi um verdadeiro absurdo. E isso sem contar a dificuldade que o povo teve para pegar o cartão de passagem do ônibus. Acompanhei pela imprensa toda essa epopéia dos jovens que pretendiam assistir aquele show.
Penso que esse pessoal organizador desse evento, deveria ter buscado informações na metodologia que foi usada em 1985 e copiá-la. Teriam atendido ao povão de uma forma mais simples e mais objetiva. E menos custosa. Mas vá explicar esse último fato.
Há a necessidade do povo perceber quando está sendo explorado ou enganado. E ele perdeu uma grande oportunidade de verificar isso, nessa vez.
Agora, não adianta chorar o leite derramado. É aguardar um próximo evento grandioso como esse e pedir aos organizadores que eles sejam menos, menos...
Não é à toa que tenho me manifestado contrariamente nesse blog, às modernidades do mundo atual. Eu sei: estou ficando velho....
Nenhum comentário:
Postar um comentário