Com a decisão do Procurador da República Carlos Henrique Martins Lima, investigador das ocorrências que envolvem os protestos do 8 de Janeiro em Brasília, fica clara a exata posição da justiça brasileira, por parte de alguns dos ministros do Superior Tribunal Federal, STF, em quebrar a lisura daquilo que a própria Constituição Federal reza em seu bojo.
Dentro das análises que fez, esse procurador isentou o Governador Ibaneis Rocha e o Ex-Ministro Anderson Torres, que está preso por decisão do ministro Alexandre de Morais, nas acusações que lhes são atribuídas por esse ministro, na responsabilidade sobre aqueles atos.
Então, o que é que se pode deduzir de uma situação destas? Onde uma decisão oficial livra acusados de seus pretensos crimes mas o responsável geral na condução desse inquérito, subestima tal consideração, passando por cima da própria lei.
Com isso, vê-se pessoas inocentes pagarem por aquilo que não fizeram. E a propósito disso, há um histórico enorme e pesado de benefícios à bandidagem nesses últimos tempos. O caso mais marcante é o de Lula. Mas muitos outros andam acontecendo, como o do traficante que teve seu helicóptero que fora apreendido pela justiça, devolvido a ele, bem como sua liberação prisional, mesmo que antes ele houvesse fugido da prisão.
E após mais de quatro meses corridos desde aquele episódio, ainda há gente presa sob acusações de terem participado dos protestos e do quebra-quebra na capital em Janeiro de 2023. E nesse contingente, existem muitos que não participaram daquele movimento e estão sendo acusados da mesma forma que esses dois citados acima.
Toda essa situação seria cômica se não fosse trágica. O Brasil parece ter saído do mapa da legalidade, tantas são as mazelas que observamos nele nesses últimos tempos. Têm-se a impressão de que o crime assumiu o poder total nele. O Bandido virou mocinho. E vice-versa.
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