É certo que o mundo, e a vida, estão em mutações perenes. Mas não deveria ser assim tão intensas. Porque acabam nos pegando desprevenidos.
As mudanças acontecidas no Brasil, esta foram e estão sendo de uma profundidade abissal. Ou melhor seria dizer radical? Tanto faz. Isso não muda quase nada. Quer dizer, a maneira de falar/dizer, porque se é mudança, muda tudo.
Neste país a sobriedade caiu ao chão. E, pelo jeito, jamais retornará ao de antes. A seriedade, a moralidade e sentimentos afins, quase que estão em extinção, tais os absurdos em que vivemos os dias atuais.
É de se imaginar, até, que a ascensão do Sr. Bolsonaro, alcançando a Presidência da República, trazendo em seu lastro e bojo a intenção de moralizar o Brasil, causou uma reviravolta em tudo, praticamente. Infelizmente o povão não soube a profunda mudança que ele promoveu e provocou no país. Durante quatro anos quase, ou praticamente, não se ouviu falar em corrupção, como acontecia antes.
Por outro lado, essa verdadeira máfia de desalmados, também viveram esses últimos quatro anos gerando narrativas. Todas indecentes, imorais, mentirosas e covardes. Mas com o conluio de gente graúda, conseguir arrumar uma situação que deu vantagem àquele que concorreu com ele na disputa presidencial de 2022.
Mesmo saindo-se vencedor, este eleito tem carregado um lastro pesado de rejeição de muitos. Dentro e fora do país. Mas, paralelamente a isso, vemos o ex-Presidente em alto conceito de muitos. Também dentro e fora do país.
É insuportável assistir pessoas de mente rasa, curta e dura, ver a realidade defronte de si e não se dar conta do horror que praticaram em não reelegê-lo. E com altos riscos de vermos a nação transformada em frangalhos - e isto já está em andamento e prática - mudando seu regime democrático para socialismo/comunismo, como eles nem conseguem esconder mais tal proposta.
Mas existem coisas piores. Ver o Supremo Tribunal Federal, as Forças Armadas e a Polícia Federal transformarem-se em piadas junto à população. Aliás, não podemos e nem devemos incluir nesse rol, também o Congresso Nacional, que estão sendo transformadas as duas Câmaras, em verdadeiro repúdio, também pela população. É muito provável que seus ambos presidentes não se reelegerão nas próximas eleições.
E é nesta hora que relembramos de certo embaixador brasileiro, que servia em Paris em 1962, por uma outra razão, afirmar que "o Brasil não é um país sério". E esta afirmação acabou atribuída ao Gen. DeGaulle, o Presidente francês naquela época. Mas que mostrou um certo grau de premonição (ou profecia), a qual estamos carregando no ombro, agora.
Em tempo: alguns engraçadinhos já disseram que "o Brasil é o país da piada pronta", seja lá o que isso queira dizer, mas todos o sabem, com certeza.
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