Muitas vezes se escuta, vê e lê, que os jornalistas estrangeiros custam a entender algumas situações nossas, no aspecto político nacional. As acham extremamente esdrúxulas se comparadas às dos seus países. É claro que até podemos achar isto muito estranho, também.
Mas, convenhamos! Quando se observa todos esses desencontros entre os Poderes da nossa República, especialmente entre o Executivo e o Judiciário, é para se fazer coro à essa gente, sim.
A partir da chegada do Sr. Bolsonaro ao cargo de Presidente da República, desde o primeiro dia no poder em Janeiro de 2019, daí pra frente começaram a acontecer coisas nunca antes vistas nesse país. Até mesmo com o Lula, que era taxado de muitas coisas, nem ele atingiu um grau tão enorme de oposição por parte dos que lhe era contrários.
Mas com o Presidente Bolsonaro tudo mudou. E ele passou praticamente a ser escorraçado por muita gente. Dentre essas, quase todos os ministros do Superior Tribunal Federal, STF. E três daqueles ministros, Moraes, Barroso e Fachin, tomaram o controle dessas ações, a ponto de já estarem ameaçando o Presidente com ações e atos pesados. Até mesmo alijá-lo da disputa nas eleições de Outubro vindouro.
No início, pelo que se viu, o Presidente até nem protestou contra essas iniciativas. Mas agora, a coisa mudou. O presidente decidiu partir para um confronto aberto com aqueles. E a situação já anda alcançando suspenses muito grandes. Inclusive com possíveis intromissões das Forças Armadas do país.
E é de espantar como aqueles ministros se dirigem e se referem ao Presidente, onde dão a parecer que não o respeitam mesmo. Essa história de definir prazo para que ele se manifeste sobre esse ou aquele assunto, já passou da conta. Nunca se viu isso acontecer em nosso país.
Felizmente o Presidente parece ter tomado as rédeas dessas situações. E de tanto manifestar contrariedades com a situação envolvendo as urnas eleitorais do país, tomou uma iniciativa em encarar uma ação perpetrada pelo ministro Fachin, que convidou embaixadores estrangeiros para participarem de um evento sobre a normalidade dessas mesmas urnas.
Então, semana passada, o Presidente fez o mesmo e reuniu um bom grupo desses mesmos embaixadores para ouvir sua tese a respeito do que pensa sobre tal imbróglio. E, claro, foi criticado por isso. E até ameaçado por eles, os ministros. Mas isso é tão normal por parte deles que já não causa mais nenhuma novidade.
Assim o imbróglio vai continuando e aumentando. Mas é bom que saibamos que já há uma movimentação muito forte e grande, de contrariedades com aqueles ministros no país. Ex-desembargadores, Ex e atuais Procuradores, Ex-Ministros, Advogados e vários jornalistas de primeira linha, já até escancaram críticas àqueles três ministros do STF, principalmente.
No caso dos jornalistas, é bom que a população busque acompanhar a performance de um deles, Augusto Nunes. Este não mede esforços em acusar aqueles três ministros de muitas arbitrariedades. E não poupa termos nisso. Coloca-os no devido lugar. Mas também conta com acompanhamento nessas mesmas questões, de vários outros. A saber: Alexandre Garcia, Guilherme Fiúza, Roberto Costa, Ana Paula Henkel, José Maria Trindade, Rodrigo Constantino.
Mas existem muitas outras pessoas, algumas nem são jornalistas mas possuem conhecimento de muitos assuntos. Uma delas é Percival Puggina. E ultimamente há um ex-procurador, paulista, Vicente Cascione, que é mais um a se manifestar pesadamente sobre ações irregulares desses ministros. E diz coisas que pouca gente tem coragem de dizer. De forma tão aberta e escancarada.
É bom lembrar que algumas pessoas estão presas e/ou enroladas em processos no STF, de autoria desses ministros. Algumas por exporem ideias, pensamentos e opiniões, mesmo que de formas pesadas contra eles, recebendo punições deles, o que é repelido pelos citados anteriormente, os que se colocam contra os ministros.
Então, é bom indagar deles o seguinte: por que, senhores ministros do STF, ainda não mandaram prender aqueles? Eles estão todos os dias tecendo as piores críticas aos senhores. E em pleno ar. Em programas jornalísticos em que participam, bem como alguns em suas lives veiculadas pelo Youtube. Por que não?
*Em tempo: a indagação aqui efetuada não tem conotação de denúncia aos citados, mas sim um quase desafio aos ministros de usarem as leis de uma forma igualitária para todos. Estes que se manifestam contra tais ministros, possuem cacifes muito maiores do que aqueles que até agora foram penalizados por estes. E com eles o 'buraco' é mais embaixo.