Para quebrar esse clima desagradável proporcionado pela bandidagem carioca nesses últimos dias, vou dissertar sobre um tema mais positivo: a música.
Confesso que eu mesmo derrapo no que podemos citar de estrangeirismo. Possuo um acervo muito grande de disco de vinil, os famosos bolachões, aproximadamente uns 3.000. E diga-se de passagem, não me desfaço deles de jeito nenhum. No Brasil, já não há produção desse tipo de material. No entanto, na Europa ainda existe a produção deles. E a comercialização, também.
E já que citei o termo estrangeirismo, quero aqui redimir-me do meu pecado, pelo menos. Tenho admiração por muitos artistas brasileiros que penso que se os mesmos tivessem um apoio maior por parte dos produtores ou donos de gravadoras, fariam tanto sucesso lá fora quanto os mais famosos artistas internacionais de sucessos fazem.
A figura maior do nosso universo artístico brasileiro chama-se Chico Anísio. Sem sombra de dúvidas um dos maiores artistas mundiais que por ter nascido no Brasil e falar português (é claro!) e não inglês, só tem mercado interno e não externo. Por isso não alcançou sucesso mundial, como muitos que lá fora nasceram. Penso ser desnecessário tecer mais loas a respeito dele. Por isso, vou citar dois outros artistas nacionais que deveriam ter e ser mais respeitados e idolatrados pelo povo brasileiro: Moacir Franco e Rolando Boldrin.
O primeiro, não fica e nem ficaria atrás de nenhum artista famoso, nacional e internacional, que conhecemos. Moacir é um monstro sagrado, um fenômeno sem igual, um ser extraterreno. É cantor, é ator, comediante, escritor, produtor e um ser extraordinário. Muito simples, sem nenhuma arrogância, dono de uma simplicidade sem limites, e verdadeira. Deveria ser mais reverenciado pelo público brasileiro. Se fôssemos ficar dissertando sobre este artista, ocuparíamos muito espaço neste artigo, bem como o tempo dos leitores que nos prestigiam com suas leituras.
Já sobre Rolando Boldrin, também é muito fácil de falar. Ele, também, é um dos artistas mais completos que há por aí. Possui uma naturalidade muito marcante, é engraçado, músico e faz-se de comediante em muitas oportunidades. É um apresentador de mão cheia. Não tenta ser mais do que o apresentado em seus programas, dirigindo as entrevistas com muita objetividade e tranquilidade. Também é um homem-show. Sem contar que sua marca maior é apresentar, transmitir e difundir a cultura musical brasileira, aquelas músicas que chamamos de raíz, oriundas daquelas pessoas do interior que algumas vezes, conotamos, desagradávelmente, como caipiras.
O brasileiro tem muito a agradecer a Rolando Boldrin pelo trabalho incansável que promove na difusão da nossa cultura sertaneja. É uma pena que a juventude brasileira talvez nem o conheça (pelo menos a maioria). Perdem grande oportunidade de conhecerem a essência de nossos valores regionais. Uma pena.
Mas como hoje é domingo, é um ótimo dia para quem tem internet, buscar nesses sites musicais, alguns sucessos desses dois monstros sagrados brasileiros.
Façam bom proveito.
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