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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

EU JÁ VI ESTE FILME

     Como sabemos, existem em nosso país dois fatores que, com certeza, são os responsáveis por todas as mazelas e descalabros que se nos apresentam diuturnamente em nosso cotidiano: A IMPUNIDADE E A CORRUPÇÃO.
   No entanto, a meu juízo, existem muitos outros deles que também auxiliam a esses dois já citados, a perpetuarem no Brasil, essa coisa que chamamos de FALTA DE VERGONHA NA CARA.
   Se formos pegar as notícias acontecidas há dez anos atrás nesse mesmo período, observaremos, com certeza, que é puro replay. É um filme já visto. Também poderíamos classificar como café requentado.
   E é sempre a mesma coisa. As mesmas lamúrias, lamentações, atitudes e críticas. A imprensa noticiará da mesma forma que antes, mostrará as mesmas tragédias, entrevistará as pessoas e delas ouvirá a mesma coisa. Não aparecerá nenhum culpado pelos acontecimentos, muito menos algum ou alguém que responderá pela responsabilidade (redundância à parte)  que cabe, no caso.
   Só existirá um responsável por esses trágicos acontecimentos: DEUS.
   Foi Ele quem mandou a chuvarada que varreu a tudo e a todos nas áreas atingidas. Ninguém mais é o culpado. Ninguém!. Ledo engano. Não existem inocentes nesse processo, nesses acontecimentos. São todos culpados, sim!  Com uma diferença: uns por ação e outros por omissão. Se não, vejamos:
   É público e notório que certas áreas, lugares ou regiões geográficas de uma cidade, não devem ser ocupadas com o fim de moradia. Seja em barranco, beira de rio, baixadas ou onde representarem riscos desse ou de outro tipo de acontecimento. No entanto, quem os ocupa, sempre diz que não tem pra onde ir. E em geral essas regiões são invadidas pelo povo que ali se instala (pelo menos a maiorias delas), sem ter a posse regular desses espaços. No entanto, pode-se observar através de fotos, que muitas das pessoas que ali estão, não são os miseráveis que se dizem ser e nem o que a imprensa tenta transforma-los, em coitadinhos. E é óbvio, que mesmo assim, eu seria um leviano ou insensível, se expressasse repúdio à toda essa gente. Muito pelo contrário. Tivesse eu a oportunidade de contatá-los, e explicaria tim tim por tim tim certos fatos que deveriam atentar para não incorrerem nessas ações descabidas, irresponsáveis e inconsequen- tes.
    Mas isso é tarefa e obrigação de todo aquele que está incumbido de tomar conta dessas situações e que, como sabemos, por várias razões não o fazem, uma delas é a corrupção, e, também, por incompetência, negligência e pouco caso, tanto com suas funções, bem como com a vida daqueles a quem deveria proteger.
    Já tive a oportunidade de, num outro artigo, citar um verbo muito importante para aqueles que foram, são ou serão servidores públicos: o verbo IMBUIR. Faz-se mister que todo aquele que nesse universo adentra, ter o espírito imbuído do dever cumprido ou a cumprir. E tivessem eles o discernimento necessário para essa percepção, por certo nem passariam perto de tal serviço e tal função: SERVIÇO PÚBLICO. Ser servidor público implica muitas e muitas responsabilidades.
    Mas, o que acontece em nosso país é que um a um desses servidores nunca se responsabilizam pelas mazelas que existem nesse universo, bem como afirmam que os culpados são os outros e não eles próprios. E isso parece até uma brincadeira (de mal gosto, é claro!).
    Agora, é esperar pelo ano seguinte. Tudo o que se falar em ações de prevenção e realização concreta de eliminação desses mesmos problemas, serão pura retórica. Como nos anos anteriores.
É esperar para ver...infelizmente!


*A foto acima é uma reprodução do Jornal Destac desta data.

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