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quinta-feira, 8 de julho de 2010

A VIDA COMO ELA É

          Voce é muito importante? Tenho quase certeza que voce, de imediato, dirá que sim!. E eu até acredito que seja.
           Mas voce já parou para pensar? Já se analisou? Já fez sua auto-crítica?
           Se a resposta for positiva em ambas as perguntas, dou-lhes meus parabéns. Caso contrário, penso que voce ainda tem tempo para tal.
           É óbvio que a maior parte das pessoas nunca pensou isso. Pois, se assim fosse, o mundo estaria melhor.
           Já tive a oportunidade de abordar sobre as diferenças de critérios e até de entendimento que hoje prevalece em relação aos conceitos das décadas passadas (principalmente as de 1950/60 e 70).
           Em geral, tendemos a nos imaginar bem mais do que somos. Há uma espécie de superestimação em nosso potencial. Até mesmo quando nos propomos a algum empreendimento, por exemplo, o fazemos de uma forma um pouco exagerada. Isto se observa, em geral, quando alguém tenta montar um negócio qualquer. Faz uma previsão  de sucesso bem maior do que a realidade constata. Dai que muita gente consegue dar com os burros n'agua - como se diz no popular - muito antes do que pensa.
           E isso se aplica em quase toda proposta que adotamos em nossas vidas. Buscamos sempre algo muito maior do que podemos açambarcar com naturalidade e segurança.
           Mas voltando ao início dessa assertiva, a intenção aqui é a de explicar o que realmente acontece com a maioria das pessoas no tocante a sentir-se mais importante do que realmente é: conforme já citado, a maior
parte das pessoas aumenta em muito suas possibilidades de ação.
           Vejamos o seguinte: uma pessoa oriunda de uma família muito pobre. Com o tempo, ela vai estudando, busca uma atividade profissional (ou é empurrado para ela por circunstâncias da vida), consegue
ter um ganho financeiro que lhe proporcione alcançar  suas metas na vida, com o tempo alcança um nível que
só poderia ser alcançado por pessoas oriundas de uma família de boa situação. Essa pessoa é uma vencedora.
            Mas acontece que muitas outras, que vieram de origem melhor, digamos, sempre olharão essa pessoa vencedora, de uma forma subestimada. Nunca reconhecerão os méritos dela, mesmo que ela mostre
sempre ter uma capacidade profissional, cultural e social, melhor do que aquelas que lhe subestimam. Isto sempre causará um desconforto nas pessoas que se acham mais do que essa que veio de uma origem mais simples que elas e que, pela lógica, não poderia ter alcançado um patamar igual ou melhor do que aquelas outras.
            E o interessante é o seguinte: Será que uma pessoa que vem de uma família abastada, tivesse nascido numa família muito pobre, conseguiria alcançar o mesmo lugar que aquela que veio de família pobre e alcançou um nível de vida extraordinário?
            Seria bom que Freud fosse vivo nos dias de hoje para tentar explicar tal situação. Provavelmente faria um bem enorme às pessoas despeitadas.
            Mas a vida é assim mesmo. Nem Freud explica!
            Temos ainda uma outra situação: as pessoas oriundas de famílias abastadas, nem imaginam o quanto possuem, desconsiderando certas circunstâncias. Se essas pessoas tivessem noção do que é vir de uma origem muito pobre e ter que lutar quase que durante toda a vida para sobreviver, enquanto essa primeira, que sempre teve tudo ao seu alcance, não sabe o valor das coisas, e nem imagina que um dia possa cair em desgraça. E quando isso acontece, perdem o rumo de suas vidas. Em geral viram farrapos humanos, como a vida nos mostra em nosso cotidiano.
            Mas a vida é assim mesmo. E temos que prestar atenção em tudo o que acontece nela...de bom ou de ruim. No final, devermos tirar lições de tudo para que possamos livrar-nos das arapucas que a vida nos arma. Então...todo cuidado é pouco.

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