E eis que chegamos ao final do ano de 2008. Literalmente. Hoje é o ultimo dia desse ano.
E por que fazemos questão de ressaltar o fato? Porque, como diz o título desse artigo, temos que cair na real. Temos que parar pra pensar, fazer uma tremenda reflexão do rumo que as coisas estão tomando e, por consequência, onde vão parar todas essas situações desagradáveis que tomamos ciência, diáriamente, através dos meios de comunicação.
Há, a nosso juízo, percepções deficientes por parte da maioria das pessoas, em identificar as diversas razões pelas quais o nosso cotidiano está sendo massacrado por acontecimentos à cada dia mais terríveis. E isso é no mundo inteiro. Mas nós nos preocuparemos apenas em abordar sobre os nossos problemas, sobre os problemas do nosso país, o Brasil.
Apesar de termos ao nosso dispor uma gama de instrumentos e veículos que nos proporcionam a recepção de muitas e todas as informações que precisamos, verificamos que, ao contrário do esperado, as pessoas estão mais para desnorteadas do que bem informadas. E explica-se: As informações são tantas e de tantos teores que embaralham a mente, até, daqueles que possuem um nível intelectual mais preparado que outros.
Um dos assuntos mais discutidos na sociedade refere-se ao fator violência. E costuma-se assistir nas emissoras de rádio e de televisão, programas sobre o referido tema, tendo a participação de pessoas que se dizem, e se acham, experts do assunto. Contudo, o que verificamos é uma preocupação extrema com o efeito e não a causa - e achamos que a falha está aí. Temos é que descobrir quais são as causas do problema para que os efeitos se façam presentes. E aqui, queremos pedir desculpas aos leitores no sentido de que não pensem que somos tão pretensiosos e presunçosos para afirmarmos ter a solução do problema em pauta.
A diferença neste caso é que, convivendo com a atividade que exercemos, temos a possibilidade de estarmos junto àqueles que são os atores principais deste filme: O POVO. E os estudos (podemos assim dizer) e as pesquisas (também) que efetuamos, nos embasam a arriscar teses que possam ajudar na solução do que aqui colocamos.
É óbvio que as causas para esse desequilíbrio social são várias, mas vamos apontar apenas duas que entendemos ser as mais importantes na dita situação.
A primeira delas é a desagregação da família. Poderíamos até afirmar que é a falência da família. Os casamentos, hoje, não são duráveis, muito pelo contrário. As relações entre homens e mulheres são de pouca responsabilidade para com um compromisso matrimonial. Os jovens, principalmente, não têm a visão nem a responsabilidade do ato de se gerar uma criança, um filho. Daí, essa quantidade de crianças abandonadas pelas ruas e nas instituições públicas de cuidado à elas. E, o que é pior, também nas famílias ditas organizadas (pelo menos teóricamente), os casais se separam de forma informal, causando a seus filhos o desequilíbrio da relação familiar plena. Haja vista que, com a separação dos cônjuges, cada um vai para um lado, desfazendo aquilo que chamaríamos de relação matrimonial perfeita.
E, aí, os filhos ficam sem referência, tanto do pai quanto da mãe, para ter uma criação dentro do que, antigamente, dizía-se normal.
Com isso, acontece a perturbação de todos, principalmente da criança, que já se desenvolve num meio anormal, sem nenhuma referência do que é ser um indivíduo com um caminho a ser percorrido e alcançar um fim de cidadania plena. Então, o que temos é isso que está aí: crianças naturalmente mal-criadas e mal-educadas e que gerarão adultos com e para várias tendências, tanto para o bem quanto para o mal.
A outra razão que colabora profundamente com o descalabro atual é a propaganda enganosa (que poderíamos dizer, mentirosa), perpetrada pela mídia perversa e, também, até pelas instituições governamentais. Querem por que querem, incutir na mente do povo que ele é de primeiro mundo. Que todos devem possuir bens e equipamentos que estes possuem; que consumamos dentro dos mesmos padrões europeus ou americanos. Temos que ter carro, cobertura, computador e internet; tv a cabo e LCD; tênis de marca (e roupa também); essa praga chamada celular, dentre outras coisas.
Mas, acontece o seguinte: os nossos gastos são de primeiro mundo. Contudo, a nossa remuneração continua de terceiro mundo. E, acrescente-se que, as tarifas que se nos apresentam são exorbitantes, fora de propósito. Daí advindo o desequilíbrio financeiro que nos aflige, provocando e promovendo, também, o desequilíbrio emocional das pessoas. E isto faz com que as dívidas se acumulem, passando de um mes para o outro, criando a tal famosa bola de neve que irá provocar o desastre lá na frente.
Então leitores, desejamos que voce passe a analisar o que aqui expomos e veja se tem relação com a sua vida. Se não tiver - ainda bem ! - poderá ter com a do seu parente, seu vizinho ou amigo. E quem sabe, se passarmos a observar isso com mais atenção, diminuiremos daqui prá frente, um pouco do nosso sofrimento.
Tenham um feliz ano de 2009, com muita saúde, sucesso e sossêgo...e muita prosperidade.
NÊSTE ESPAÇO, ABORDAMOS TODO TIPO DE ASSUNTO. É OBVIO QUE ALGUNS NÃO SERÃO ACEITOS POR CERTAS PESSOAS. ENTÃO, PEDE-SE QUE COLOQUEM SUAS OPINIÕES E DISCORDÂNCIAS NOS COMENTÁRIOS DO BLOG.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
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3 comentários:
As suas palavras foram bem fundamentadas, porém, não acredito que o homem sem uma liderança irá conseguir mudar o efeito evolução. O mundo se atualiza e se modifica a kd segundo; oferece modernidades que só usaremos neste período de nossa passagem, logo, não vejo como retrocedermos no processo tecnológico oferecido para que tenhamos um social desejado. Encaro a vida tendo como lema: Equilibrio é a base da minha sobrevivência. Não tenho pretensões de mudar o mundo e as pessoas. As fontes de informações já são inúmeras cabendo a cada um a sua interpretação...Ms admiro mt o seu interêsse por um mundo melhor e, mt bem fundamentados os seus comentários...Abçs..
Parabéns pelo excelente artigo!Concordo com a análise que você fez do contexto que estamos vivenciando.Infelizmente muita gente desavisada e mal informada acaba se enredando nessa teia do consumismo e do empréstimo fácil e depois cai no desespero.Como você, também me assusto com os rumos que a modernidade nos conduz.Precisamos cair na real e mudar o nosso comportamento para deixarmos para os nossos descendentes uma vida melhor e mais digna.
Parabéns, para tudo tem um fundamento, espero que possa ajudar as pessoas a pensar mais nas suas ações.
Angel
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