Já foi tempo em que a seriedade era levada a sério por quase todos. Mas atualmente a coisa já não anda desse jeito. A criatividade humana consegue desarranjar quase tudo. E a internet está aí, mesmo, para nos comprovar tais situações.
O Facebook arranjou um jeito de homologar o besteirol. E o propaga de uma forma imbatível através de um novo sistema de geração de vídeos para suas publicações chamado "Reels". Que são vídeos de poucos segundos. Alguns, inclusive, não passam dos dez segundos de exposição.
Impressionante é como a coisa pegou. E nisso, como muitos já o disseram, deu espaço e voz aos medíocres. E não se respeita mais nada, a começar pela língua do país. Lá se foram as regras que a coordenam. Concordância verbal, conjugação verbal, dentre outras, sofreram um tremendo baque.
É sabido desde muito tempo atrás que as regiões interioranas do país possuem suas próprias consoantes. E o modo de falar é diferente dos grandes centros. Das capitais, por exemplo. Mas na atual temporada, parece que receberam um reforço para destacarem suas características.
Interessante é que gente nova, são as que mais andam usando aquele recurso. E postam vídeos dos mais diversos. Mas explorando as muitas deficiências verbais que possuem. E isto, parece, virou até regra. E contam com a exploração dos três cês (Cs): curta, compartilha e comenta.
A princípio essa assertiva corre o risco de ser acusada de preconceituosa. Mas, claro, essa não é sua intenção. Cabe aqui fazer o reparo porque a educação do país é um fato dos mais criticados por muitos. Então, deixar prevalecer uma sequência de erros e/ou equívocos verbais, não é lá uma coisa pertinente a Educação.
Mas nisso entra um fator importantíssimo: o financeiro. Porque nesses três cês anda incidindo remunerações pelos sites que os veiculam. E o Youtube se destaca nisso, porque até oferece placas comemorativas àqueles que alcançam as famosas curtidas. Há placas de vários valores, cuja principal envolve números que alcançam hum milhão de curtidas. E os devidos pagamentos disso vêm a reboque.
E nem nos preocupemos com mais nada. Até porque, se a situação atual for criteriosamente analisada, o próprio vocabulário/dicionário de plantão, já perdeu sua ação. É notório, com a admissão desse maldito "politicamente correto", já não se pode fazer uso de muitos termos nesse nosso dia a dia. Talvez haja a necessidade de se criar um novo.
Assim, vamos vivendo. E seguindo em frente. E esbarrando nessa sequência de absurdos que nos assolam. E olhe lá!
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