Em 29 de setembro passado, usei um artifício para ficar alguns dias sem postar artigos nesse blog.
Sei que não devo ter enganado a ninguém mas busquei aliviar a minha indignação crônica, por alguns dias, somente para ter mais tempo de viver sem estar sintonizado diuturnamente com esse nosso massacrante cotidiano.
Sei também que os acontecimentos não param e nem os absurdos que vêm a reboque com eles, mas qualquer pessoa que esteja ligada ao que acontece em nossos dias, sabe muito bem que o que está aí, talvez nunca mudará. Principalmente as coisas ruins que acontecem nessa vida. É só acompanhar os noticiários da imprensa e teremos a impressão (sei, é quase uma redundância) de que só acontecem coisas ruins no planeta. E isso todos nós sabemos que não é verdade.
Há alguns dias atrás, houve uma manifestação popular com a intenção de apresentar discordância do povo em relação às mazelas dos políticos brasileiros, mas que só contou com, aproximadamente, 2.500 pessoas no centro do Rio de Janeiro.
Em contra-partida, uma outra manifestação popular na orla desta mesma cidade, nesse último fim de semana, contou com 1.500.000 de participantes, que manifestavam-se em defesa da homossexualidade. Muita festa, muita música e bebida. Sem contar com otras cositas mas que todos sabemos estão incluídas nesse tipo de movimento.
Mas qual é a interpretação que podemos reter dessas duas movimentações ditas populares? Uma em prol de decência e moralidade públicas. A outra pela liberdade de se fazer coisas que os nossos princípios condena e que aos maiores de 50 anos, por exemplo, causam horror, mas que nesses tempos atuais são normais e todos têm que aceitar, se não, correm o risco de até serem presos. Não forma um paradoxo, tais situações?
E aqui cabe uma pergunta: O que estava fazendo a maioria das pessoas que participaram dessa segunda manifestação popular, e que não participaram da primeira que, em teoria, carregava um teor mais grave em seu conteúdo, haja vista que, uma nação como a nossa, apresenta tantos descalabros sociais, educacionais, judiciais, dentre outros?
Daí que chega-se à conclusão que esse povo que está aí, quer, mesmo, é gandaia. Ninguém está ligando para as sujeiras no Congresso Nacional, bem como com a violência descabida e terrível nas cidades e a educação e a saúde em níveis excrementosos. E, sendo assim, com o pouco interesse da população, tudo irá continuar nesses mesmos níveis, com fortes tendências para piorarem ainda mais do que neste estado em que se encontram.
Então, a minha proposta é continuar a carregar o meu fardo que, sei muito bem, é extremamente pesado. Mas o faço com fibra, coragem e determinação, tentando contagiar (no bom sentido, é claro!) àqueles que, como eu, se preocupam com o andamento da vida, buscando norteá-la para um rumo positivo e saudável, alcançando o fim que todos merecemos e precisamos, e tornando o planeta Terra algo com uma habitabilidade favorável para todos os que nele vivem. E vida que segue...
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