Como sabem, no carnaval deste ano andei passeando pelo Mato Grosso do Sul(com uma esticada ao Paraguai) e ao Paraná. Fui conhecer parentes que nunca antes havia conhecido, primos por parte de mãe.
A primeira escala foi numa cidade do Mato Grosso do Sul chamada Rio Brilhante. Esta cidade fica aproximadamente a 160 kms da capital, Campo Grande. A viagem de avião foi quase tranquila porque na chegada, antes do avião aterrissar, chovia muito e dificultou o pouso, tendo o piloto ter que tentar por quatro vezes, só alcançando êxito nesta última tentativa. E o avião aterrissou com sucesso e segurança, promovendo, com isso, a nossa chegada ao fim da viagem. Logo a seguir os passageiros aplaudiram o piloto e sua tripulação pelo sucesso do pouso após esse pequeno susto por causa da chuva.
Ao sair da área de desembarque encontrei com a minha prima e um amigo dela que se prontificou a leva-la ao aeroporto com o fim de pegar-me lá. A alegria foi múltipla de ambas as partes e deixamos registrada essa passagem através de fotos que foram feitas pelo amigo de minha prima, de nome Júnior Fernando.
Daí, pegamos o carro no estacionamento e partimos em direção a Rio Brilhante com toda a chuva a que tínhamos direito. Choveu durante a metade do caminho mas a partir daí o sol se fez presente e estava uma linda tarde até chegarmos ao final da viagem.
Uma das passagens mais engraçadas que aconteceram nesta viagem foi o fato de essas duas pessoas que me receberam, ficarem encarnando em mim durante toda a viagem, imitando-me (ou tentando) com o sotaque característico do carioca que é uma coisa inconfundível em matéria de sotaque. Confesso que não achei a mínima graça. Mas não manifestei contrariedade com eles por causa disso. Até porque um carioca jamais se sentirá diminuído por um fato desse, haja vista que somos reconhecidos pelo que chamam de sacanas. Não há ninguém no mundo que sacaneie as pessoas como os cariocas. E eu paguei o pato por todos eles nesta viagem ao interior do país e ser gozado pelo que aqui nós chamamos de caipiras (no bom sentido, é claro). E isso se deu por quase todo tempo que estive por lá. E eu, ao final, morri de rir deles, sem que eles soubessem disso. Imaginem, uma pessoa que nasceu na capital do país (quando eu nasci o Rio de Janeiro era o Distrito Federal) e viver todo esse tempo numa das cidades mais importante do Brasil ter que passar por isso. Só gargalhando: ha! ha! ha! ha!.
Mas eu gostei de lá. A cidade, apesar de pequena, é uma excelente cidade para se viver. Possui aproximadamente 32.000 habitantes e é uma região muito rica em função da atividade agropecuária que se desenvolve por lá. Possui também uma característica interessante que é sua planura. E isto se estende a todo o Estado.
Outro fato que aconteceu que, na hora, deixou-me surpreso, foi que ao acender o carvão destinado ao fogo onde assaríamos um churrasco patrocinado por mim, o meu primo, marido da minha prima, não gostou quando me propus a ventilar o fogo com um abanador, com o intuito de acelerar o desenvolvimento da chama. Ele e a prima quase me bateram por causa disso. Disseram que eu não entendia nada de churrasco nem de braseiro. E eu fiquei pasmo com o procedimento dos dois por causa disso. Ainda tentei ponderar que aqui para as nossas bandas também se faz muito churrasco nos fins de semana e de todo o tipo. E que tal procedimento era corriqueiro para nós, ou seja: abanar o fogo para reavivá-lo com mais velocidade.
Mas não parou por aí: houve um dia em que o marido da minha prima estava voltando da rua com uma motocicleta e ao estaciona-la no fundo do quintal eu me propus a dar uma voltinha com ela, coisa básica. Qual não foi a reação deles, de novo. Reagiram como se eu nunca antes houvesse andado de motocicleta. E o meu espanto é que eles devem ter esquecido que eu possuo uma motocicleta (e nova, diga-se de passagem) já que a deles é velha e caindo as pedaços e, pior, com a documentação toda irregular. Também tentei ponderar com eles que quem vive numa cidade como o Rio de Janeiro e anda de motocicleta, jamais pode ter dificuldades seja lá onde for ou em qualquer país do mundo. Mas não adiantou, ficaram de cara feia por isso.
E eu poderia ainda colocar outras passagens que aconteceram comigo nessa viagem mas vou deixar para outra oportunidade. Mas um detalhe me chamou a atenção em meus primos (mais na minha prima): senti e tive a impressão que eles quiseram se mostrar como se fossem mais do que são. E olha que eu estou acostumado a viajar para vários lugares onde tenho parentes e nunca passei por uma circunstância dessa. Inclusive, em Sergipe, onde vou e já fui por muitas vezes, tenho lá um montão de primos com nível superior e tal fato nunca se deu. Foi a primeira vez. Mas, como dizem, há sempre uma primeira vez, então pensem: eu sou uma pessoa bem escolarizada, com uma cultura acima da média, com uma bagagem profissional técnica e extensa, daí passar por tais circunstância, vamos e venhamos, é de mais, não é?
É óbvio que eu sendo quem sou, jamais levarei em conta tais circunstâncias. Tal coisa só serviu para embasar a minha existência em estudar o comportamento alheio, como bem podem confirmar os leitores deste blog, nos diversos artigos que já publiquei aqui neste espaço.
A minha esperança é que eu possa retribuir-lhes aqui a estadia que lá gozei e que eles possam perceber a diferença de tratamento que receberão.
É como se diz por aí: "a vida é uma escola"; e, como já citei anteriormente: eu sempre fui um bom aluno.
Vida que segue...
A primeira escala foi numa cidade do Mato Grosso do Sul chamada Rio Brilhante. Esta cidade fica aproximadamente a 160 kms da capital, Campo Grande. A viagem de avião foi quase tranquila porque na chegada, antes do avião aterrissar, chovia muito e dificultou o pouso, tendo o piloto ter que tentar por quatro vezes, só alcançando êxito nesta última tentativa. E o avião aterrissou com sucesso e segurança, promovendo, com isso, a nossa chegada ao fim da viagem. Logo a seguir os passageiros aplaudiram o piloto e sua tripulação pelo sucesso do pouso após esse pequeno susto por causa da chuva.
Ao sair da área de desembarque encontrei com a minha prima e um amigo dela que se prontificou a leva-la ao aeroporto com o fim de pegar-me lá. A alegria foi múltipla de ambas as partes e deixamos registrada essa passagem através de fotos que foram feitas pelo amigo de minha prima, de nome Júnior Fernando.
Daí, pegamos o carro no estacionamento e partimos em direção a Rio Brilhante com toda a chuva a que tínhamos direito. Choveu durante a metade do caminho mas a partir daí o sol se fez presente e estava uma linda tarde até chegarmos ao final da viagem.
Uma das passagens mais engraçadas que aconteceram nesta viagem foi o fato de essas duas pessoas que me receberam, ficarem encarnando em mim durante toda a viagem, imitando-me (ou tentando) com o sotaque característico do carioca que é uma coisa inconfundível em matéria de sotaque. Confesso que não achei a mínima graça. Mas não manifestei contrariedade com eles por causa disso. Até porque um carioca jamais se sentirá diminuído por um fato desse, haja vista que somos reconhecidos pelo que chamam de sacanas. Não há ninguém no mundo que sacaneie as pessoas como os cariocas. E eu paguei o pato por todos eles nesta viagem ao interior do país e ser gozado pelo que aqui nós chamamos de caipiras (no bom sentido, é claro). E isso se deu por quase todo tempo que estive por lá. E eu, ao final, morri de rir deles, sem que eles soubessem disso. Imaginem, uma pessoa que nasceu na capital do país (quando eu nasci o Rio de Janeiro era o Distrito Federal) e viver todo esse tempo numa das cidades mais importante do Brasil ter que passar por isso. Só gargalhando: ha! ha! ha! ha!.
Mas eu gostei de lá. A cidade, apesar de pequena, é uma excelente cidade para se viver. Possui aproximadamente 32.000 habitantes e é uma região muito rica em função da atividade agropecuária que se desenvolve por lá. Possui também uma característica interessante que é sua planura. E isto se estende a todo o Estado.
Outro fato que aconteceu que, na hora, deixou-me surpreso, foi que ao acender o carvão destinado ao fogo onde assaríamos um churrasco patrocinado por mim, o meu primo, marido da minha prima, não gostou quando me propus a ventilar o fogo com um abanador, com o intuito de acelerar o desenvolvimento da chama. Ele e a prima quase me bateram por causa disso. Disseram que eu não entendia nada de churrasco nem de braseiro. E eu fiquei pasmo com o procedimento dos dois por causa disso. Ainda tentei ponderar que aqui para as nossas bandas também se faz muito churrasco nos fins de semana e de todo o tipo. E que tal procedimento era corriqueiro para nós, ou seja: abanar o fogo para reavivá-lo com mais velocidade.
Mas não parou por aí: houve um dia em que o marido da minha prima estava voltando da rua com uma motocicleta e ao estaciona-la no fundo do quintal eu me propus a dar uma voltinha com ela, coisa básica. Qual não foi a reação deles, de novo. Reagiram como se eu nunca antes houvesse andado de motocicleta. E o meu espanto é que eles devem ter esquecido que eu possuo uma motocicleta (e nova, diga-se de passagem) já que a deles é velha e caindo as pedaços e, pior, com a documentação toda irregular. Também tentei ponderar com eles que quem vive numa cidade como o Rio de Janeiro e anda de motocicleta, jamais pode ter dificuldades seja lá onde for ou em qualquer país do mundo. Mas não adiantou, ficaram de cara feia por isso.
E eu poderia ainda colocar outras passagens que aconteceram comigo nessa viagem mas vou deixar para outra oportunidade. Mas um detalhe me chamou a atenção em meus primos (mais na minha prima): senti e tive a impressão que eles quiseram se mostrar como se fossem mais do que são. E olha que eu estou acostumado a viajar para vários lugares onde tenho parentes e nunca passei por uma circunstância dessa. Inclusive, em Sergipe, onde vou e já fui por muitas vezes, tenho lá um montão de primos com nível superior e tal fato nunca se deu. Foi a primeira vez. Mas, como dizem, há sempre uma primeira vez, então pensem: eu sou uma pessoa bem escolarizada, com uma cultura acima da média, com uma bagagem profissional técnica e extensa, daí passar por tais circunstância, vamos e venhamos, é de mais, não é?
É óbvio que eu sendo quem sou, jamais levarei em conta tais circunstâncias. Tal coisa só serviu para embasar a minha existência em estudar o comportamento alheio, como bem podem confirmar os leitores deste blog, nos diversos artigos que já publiquei aqui neste espaço.
A minha esperança é que eu possa retribuir-lhes aqui a estadia que lá gozei e que eles possam perceber a diferença de tratamento que receberão.
É como se diz por aí: "a vida é uma escola"; e, como já citei anteriormente: eu sempre fui um bom aluno.
Vida que segue...
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