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domingo, 6 de abril de 2008

O "ÓBVIO ULULANTE"

Apesar de, naquela época, não gostar muito de um autor chamado Nelson Rodrigues, nos dias de hoje verifico que uma de suas afirmações - e que dá nome a este tópico - se faz tão atual
que causa espanto. Ele, com muita frequência, falava do "óbvio ululante" e essa sua citação, ficou por demais conhecida nos meios intelectuais e jornalísticos.
E é desta forma que eu me aproprio dessa afirmação, para desenvolver o texto que ora apresento aos leitores desse tão minguado espaço, pretenciosamente jornalístico.
Quantos e quantos absurdos assistimos, diáriamente, na tv, no rádio, nos jornais e, agora, na
internet. Notícias e mais notícias de fatos de todas as naturezas e conteúdos. Uns mais absurdos e , outros também. Senão vejamos: Essa nova onda de notícias sobre a Dengue. É uma massificação extrema de notícias nos meios de comunicações, que acabam causando uma total sensação de horror, de desespero e de revolta nas pessoas. Principalmente às pessoas que se encontram fora da cidade do Rio de Janeiro, espalhadas por esse Brasil.
Tal qual as notícias sobre a violência da nossa cidade, esta sobre a Dengue causa, no mínimo,
a mesma sensação de absurdo. Para elas, a vinda à cidade maravilhosa, fica inviável sob todas as formas. Quem é que vai querer correr risco de vida, submetendo-se à circunstâncias tão adversas? E por que tão adversas? É que o serviço público de saúde da nossa cidade, é internacionalmente conhecido como: inexistente, negligente, inepto e inapto, incompetente, ou seja, risível sob todos os aspectos.
Mas as discussões a respeito, são muitas. Existe a questão da corrupção no serviço público; existe o despreparo dos profissionais da área; também a remuneração dos mesmos é irrisória, não compatível com outras cidades e outros países; a deficiência das instalações e do instrumental cirúrgico necessários; dentre diversas outras situações pertinentes ao referido assunto.
Daí é que entra o "óbvio ululante". Há quanto tempo está situação que aí está, existe? E a resposta é automática: Provávelmente, desde o descobrimento do Brasil, lá em 1500. Desde esses primórdios, a administração pública - seja lá de que plano for - sempre foi executada por pessoas que sempre buscaram a fraude, o oportunismo, o aproveitamento, o enriquecimento ilícito e tudo o que se refere a ganhos fora da lei e da decência.
E, aí, vem a pergunta que não quer calar: O que faz, ou fez, o Ministério Público, a Procuradoria Pública, os Conselhos Regionais e todos os órgaos que deveriam fiscalizar, coibir e proibir as falcatruas e os absurdos que se observam em todas as áreas da administração pública desse país?
Se arguídas a respeito, todas as instituições citadas responderão como o presidente Lula tem feito: "não sabem, não ouviram e nem viram nada".
Querem "OBVIO ULUANTE" melhor que esse?!!!

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