Na vida que vivemos diuturnamente, chega uma hora que é necessário chegar à alguma conclusão. Por mínima que seja. Mas com relação à vida de um país, aí tudo fica um tanto quanto mais profunda tal ação.
E esta conclusão pode ser sobre algo, alguma coisa e até mesmo alguém. E neste último caso, o alguém aqui em referência é o povo do país. Sua população. Porque chega uma hora que tudo fica tão complicado, que temos que parar para refletir com profundidade. Sobre tudo, todos e mais alguma coisa.
É público e notório que uma das condutas mais expressivas que esta população expressa é a da reclamação. E reclama-se sobre tudo e todos. Simultaneamente. Mas aí, nestas circunstâncias, cabem algumas análises a respeito.
Uma das reclamações mais constantes do povão é dos políticos. Enfim, da área pública quase toda. Isso é basicamente uma constância. Mas quem é que já parou para pensar sobre isso? Do que se vê, uns poucos. Porque a culpa de quase todas as mazelas existentes neste país, pode-se atribuir ao próprio povão. À população. Porque é ela que escolhe o político que ocupará o cargo de gestão e/ou legislação.
Não se pode de forma alguma esquecer uma afirmação do Lula, feita em 1993, quando se referiu ao Congresso Nacional. E numa frase sintetizou tudo o que de absurdo existe ali. Segundo ele, naquela data, declarou para todo o país que "no Congresso Nacional existe 300 picaretas". E disso ele sempre entendeu muito bem. Tinha toda a autoridade pra falar a respeito. Hoje, esse número deve estar bem elevado. Por obviedade.
Acontece que quem coloca esses "picaretas" lá é a própria população brasileira. Quando vota em cada eleição e os escolhe. E ponto pacífico. Daí, a própria população é a única culpada disso tudo de ruim que existe no país.
Mas o pior não está só nisso. É que, entra ano e sai ano, isso não muda. Até piora. Porque o número de "picaretas" aumenta a cada quatro anos. Daí que só pode ser puro cinismo quando se vê parte, ou maioria da população, reclamar dos "picaretas". É, verdadeiramente, um ato de completo e perfeito agente da desfaçatez.
E será esse mesmo povão quem deverá resolver todos os imbróglios por ele criado nestas últimas décadas. E seja lá de que modo for.
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