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domingo, 1 de maio de 2011

O DIA DO TRABALHADOR

     O dia 1º de maio no Brasil é considerado e celebrado como O Dia do Trabalhador.
     O Governo, aproveitando isso, instituiu esse dia como data base para o aumento do salário mínimo. Então, todo ano nessa data, entra em vigor um novo aumento, que incide sobre o salário mínimo vigente. Mas o governo Lula alterou algumas coisas relativas a esse aumento, variando as datas em algumas oportunidades do aumento sobre esse salário.
     Até à chegada do sr. Lula ao cargo de Presidente da República, este, como líder de um partido que se dizia trabalhista, mantinha uma militância muito rígida na busca de melhorias à classe dos trabalhadores no país. 
     Mas com sua ascenção à presidência, um tempo depois, essa militância quase que deixou de existir porque uma grande parte dos deputados e filiados do Partido dos Trabalhadores , o PT, passou a fazer parte dos quadros e da gestão pública no governo do Sr. Lula. Daí que a oposição ferrenha que esse pessoal fazia quando era oposição perdeu, praticamente, sua razão de ser. 
     Agora o que se assiste com relação às buscas de melhores salários por parte dos trabalhadores brasileiros pode ser considerada puro arremedo de pretensões salariais e direitos trabalhistas.
     No que vejo hoje, apesar dessa publicidade toda dizendo que o Brasil avançou em termos de direitos e legalidades para o trabalhador, penso que isso é pura balela. O que vejo aí é uma enganação acentuada, onde os donos do dinheiro monopolizam todas as decisões, se apossando de tudo o que possa ser entendido como direitos das outras pessoas.
     Agora não há feriado, nem dia nenhum de lazer para a maioria dos trabalhadores. São quase que obrigados a trabalhar de domingo a domingo, sem chances. A fiscalização, hoje, funciona de outro jeito do que era feito nas décadas passadas. Ela hoje fiscaliza só quando é solicitada a fazê-lo. Só com denúncias específicas. Na maior parte das vezes o que se vê é indiferença por parte do poder público no tocante à fiscalização. 
     Outra questão muito importante que se observa é com relação aos índices de aumento concedidos às diversas classes profissionais que pretendam aumento em seus salários. São índices desprezíveis e que nem recuperam os valores perdidos aos índices inflacionários no ano.
     Posso ainda citar um fato que tenho observado com muita frequência: a tal de tercerização. Isto é um tremendo mecanismo de oportunismo e aproveitamento, isto sim. Com essa malandragem, as empresas fogem do compromisso da assinatura de carteiras e direitos trabalhistas. Jogam as responsabilizadas para as empresas tercerizantes e , assim, se forma um círculo vicioso, sem que ninguém arque com as responsabilidades pertinentes ao vínculo empregatício.
     Mas a questão é a seguinte: o culpado disso tudo é só um: O POVO. É ele que aceita todas essas mazelas, sem reagir. A começar pelos sindicatos dos empregados, que se masntêm inertes e indiferentes à essas maracutais todas. 
     Só para citar um exemplo concreto, vai aí o dos motoristas de ônibus na cidade do Rio de Janeiro. Com a criação de uma outra classe denominada motorista júnior, fez com que os salários da classe diminuíssem e as jornadas de trabalho aumentassem, fazendo-os trabalharem, também, como os cobradores das passagens dos ônibus que dirigem, simultâneamente.
     Mas isto é só uma parte da visão do iceberg das mutretas a que estamos subjulgados, existem centenas ou milhares delas por aí. Só não vê quem não quer.
     

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