É BOM A GENTE SE PREOCUPAR

Rio de Janeiro, 25 de Outubro de 2009.

É BOM A GENTE SE PREOCUPAR

Sem querer passar qualquer possibilidade de pessimismo para as pessoas, abordarei nesse artigo um tema que entendo ser de grande importância para todos, nestes dias em que estamos presenciando todo o tipo de acontecimento e ocorrência, deveras assustadores.
Quem possui mais de cinquenta anos de idade, deve, por certo, estar vivendo momentos inacreditáveis, se comparados com os tempos idos, aproximadamente uns quarenta anos atrás.
A conceituação do que é certo e do que é errado nos dias de hoje, foge totalmente ao que aprendemos e apreendemos com os nossos pais e avôs. Sobretudo no que toca à decência, pudor, vergonha, carácter e otras cositas más.
Criou-se aí uma terminologia - o tão afamado "politicamente correto" - que, como já citado antes, quem possui mais de cinquenta anos nem entende o que isso quer dizer.
Desenvolveu-se métodos de ensino para se burlar todo e toda regra anteriormente adotada como norteamento de conduta ética, antes praticada de forma assídua e que possuía uma regra pré-estabelecida, com base em princípios rígidos de moralidade e decência.
Muito se fala em descalabro nas situações diárias do nosso cotidiano. Mas aí vem uma pergunta: qual é a nossa participação nisso tudo que está aí fugindo à normalidade?
Existiu uma personalidade no Brasil que se chamava Nelson Rodrigues. Era dramaturgo, jornalista, intelectual, dentre outras atividades literárias. Possuía uma afirmação extraordinária: O "óbvio ululante".
E aí se situa o xis da questão: Será que não está havendo a falta de observância por parte de todos? O que levaria, fatalmente, à percepção do "óbvio ululante, no que toca ao (des) cumprimento do dever por parte de cada um cidadão contribuinte do nosso país?
Será que o Presidente da República está presidindo como deveria?; Que os Governadores estão governando ?; Que os Legisladores - Deputados - estão legislando?; Os Juízes estão julgando?; Os Professores estão ensinando?; Os Médicos curando as pessoas?; Os Trabalhaores estão trabalhando adequadamente?; Será que o Cidadão Contribuinte está cumprindo com os seus deveres constitucionais?
Pelo que se observa, por aí, acho que não!
Quero chamar à atenção de todos para uma outra personalidade que outrora viveu no nosso País: Capistrano de Abreu.
Irei deixar um exercício para os nossos leitores, que é o de procurar saber quem foi este cavalheiro, buscando descobrir qual foi a sua participação na História do Brasil recente. Vai lá uma dica: Tem a ver com vergonha na cara. Boa pesquisa.

POR QUÊ FACILITAR SE PODEMOS COMPLICAR ?

Rio de Janeiro, 14 de Outubro de 2009.

POR QUÊ FACILITAR SE PODEMOS COMPLICAR?

No jornal "O Globo" deste domingo, 14/10/2007, na pagina 16, numa coluna denominada "Logo - a página móvel", uma excelente matéria de um pensador de nome MD Magno, cujo conteúdo aborda vários assuntos.
O mais interessante neles é que, se relacionam diretamente com o ser-humano.
E ele faz uma variada análise a respeito, por exemplo, da natureza humana; de síndromes; de inconsciente; de democracia...e por aí vai.
Mas o que mais me chamou à atenção foi uma afirmação a respeito do que ele denominou "diferocracia" que eu classifico como um neologismo ousado.
Ora, e por quê ousado? Poderia dizê-lo pretencioso, mas preferio a primeira classificação.
Pretender afirmar que o ser-humano tem condições de auto gestão absoluta, é tentar buscar compreender todas as mazelas praticadas por este.
Fica fácil, por exemplo, verificar o opôsto, quando tomamos conhecimento diuturnamente dos acontecimentos infelizes e desagradáveis dos humanos, neste nosso planeta, a Terra.
É exatamente nesse aspecto que acho uma temeridade, pretender conceder ao homem, toda e qualquer liberdade absoluta em praticar seu livre arbítrio.
Há uma discussão contemporânea a respeito da extinção do nosso planeta. E isso fica configurado com as afirmações e comprovações por parte de incontáveis ambientalistas e cientistas, que asseguram este destino para a Terra, caso não se desvie o rumo dos acontecimentos e, principalmente, das ações e atitudes dos gestores das maiores nações do mundo, no tocante a por fim ao processo irremediável do envenenamento da atmosfera terrestre nos anos vindouros.
Acho que o ser-humano não deve e não pode ter sua conduta com procedimentos ilimitados. Talvez até certo ponto, mas de forma livre, jamais.