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sábado, 18 de julho de 2009

UMA AUTO-CONFISSÃO

Há muito tempo venho conjeturando a respeito do que aqui seguirá exposto.
Quando criei esse blog, foi no intuito de poder externar as minhas teses, análises, estu-
dos, teorias e toda e qualquer possibilidade de colocação que possa ou pudesse gerar assunto de temas positivos.
Mas existe a necessidade de certos esclarecimentos, com relação à minha pessoa, bem
como o modo que desenvolvo meus textos, para que as pessoas possam ter possibilidades de um entendimento maior e melhor sobre eles.
Confesso que carrego comigo uma frustração muito grande, por não ter seguido desde
cedo - quando jovem, por exemplo - uma atividade que me proporcionasse desde aqueles tempos, condições de expressar toda a sede de saber que possuia e possuo, no tocante a estudos de ordem psicológica, sociológica e antropológica que carrego dentro do meu íntimo.
Quero crer que isso aconteça à maioria das pessoas. Por uma série de razões, poucas são as pessoas que conseguem, desde cedo, encaminharem-se em atividades ou profissões
com as quais têm identificações, de acôrdo com suas aptidões, ou seja, aquelas coisas natas que já carregamos desde o nosso nascimento. O fator social - e também o financeiro - faz com que uma pessoa, quando nova, busque sua primeira atividade profissional de uma forma diferente daquela que gostaria.
Explicando melhor: Pelo menos em tempos passados, quando a maioria das famílias vivia de forma diferente da que vive hoje - pelo menos em teoria, digamos - os jovens muito cedo tinham que partir para o trabalho, com o fim de ajudar no orçamentos de seus pais e, em algumas vezes, eram os responsáveis pelo sustento dessa própria família -(que foi o meu caso junto com o meu irmão). Daí que éramos obrigados a pegar aquele primeiro serviço que nos aparecesse (era assim que falávamos a respeito).
Diante disso, esta opção colocava por terra - pelo menos para a maioria dos jovens - o
ideal de seguir essa ou aquela profissão dos seus sonhos. Porque ficava difícil - mas não impossível, é claro - o encaminhamento para a realização de seus sonhos profissionais.
Lembro-me, perfeitamente, eu e meus colegas, ter de trabalhar e estudar, pegando trens cheios na estação do trem do bairro de Anchieta-RJ, carregando marmitas, livros e cadernos; e ainda participar de uma disputa ferrenha dentro de um trem lotado de todo o tipo de gente, o que já era, alí, uma completa jornada de trabalho. E isso se dava na ida e na volta deste mesmo percursso. Era uma situação muito grave, muito desgastante e muito sofrida. Tudo isso dificultava os estudos. Chegávamos na escola já cansados e desgastados com tal situação. Daí que muita gente teve que largar os estudos e enveredar, apenas, pela área profissional de onde era tirado o seu sustento e o da sua família. No caso era uma situação imperiosa.
Apesar dessas difilculdades, que me serviram de aprendizado e conhecimento da vida e do mundo que temos a enfrentar em nossa existência, reconheço que tais fatos foram decisivos para
que buscasse a direção certa, o caminho a ser seguido e, com certeza, o objetivo a ser alcançado.
Mas um dos fatores mais importantes da minha vida, foi ter os pais que tive. Ambos eram pessoas simples, de origem humilde, mas de uma seriedade e correção muito grandes. Tinham como objetivo, encaminhar seus filhos (e éramos tres irmãos) para o melhor caminho que pudessem. E como eram pessoas dignas, a vizinhança toda tinha-os em alta conta. Isso proporcionou à nossa família, conviver com ótimos vizinhos. E, por conseguinte, estes nutriam pela minha família, respeito, amizade sincera e uma vontade muito grande de nos ajudar. E foi isso um dos fatores que culminaram em me trazer resultados altamente positivos e que alavancaram o meu progresso como pessoa. Porque um dos vizinhos, interessou-se em arrumar
um emprego para mim e assim o fez, resolvendo um grande problema naquela época e momento, haja vista que, devido a um grave acidente sofrido pelo meu pai , que quase o matou, fez com que
tivéssemos condições de ganhar sustento para a nossa família. E, paralelamente, o mesmo aconteceu com meu irmão com relação a trabalho, por parte de outros vizinhos.
Com o tempo passando e nós - eu e meu irmão - nos tornando adultos, trabalhando e estudando simultâneamente, fomos alcançando condições de desenvolvimento, tanto no aspecto pessoal quanto no profissional. E, como a sorte não poderia nos faltar, fomos trabalhar numa firma de engenharia, na área de pessoal, hoje denominada recursos humanos. Daí pra frente, e sempre estudando, nada poderia dar errado em minha vida...e não deu.
Através do estudo, consegui formar-me em duas especializações técnicas: contabilidade e processamento de dados (hoje informática). Sendo que, até o ano de 1986 fui empregado, durante uns meses de 1987 fui comerciante (dono de um ponto de bar) e, a partir do final de 1987, adquiri uma concessão de táxi, onde estou até os dias de hoje e sem nada ter a reclamar da minha vida.
O único inconveniente que sinto é no aspecto da rejeição; infelizmente a classe de taxista é vista de forma não muito positiva por parte dos usuários e da população em geral. É claro que com certos motivos. Mas a história disso deu-se lá pelos idos do final da década de 60 e início da de 70, quando criou-se a atividade de taxista-auxiliar, onde os elementos que iniciaram nessa atividade tinham origem em grande maioria, de pessoas com antecedentes criminais ou pessoas
sem nenhuma formação profissional. E que, para conseguirem completar a diária a pagar ao dono do táxi, usavam de ações não muito recomendáveis e isto refletiu na idoniedade da classe, tornando o critério de comparação junto à população como se todos fossem iguais - taxistas e auxiliares. O que perdura até os dias de hoje.
E eu, que vinha de uma atividade mais elaborada e mais técnica, no início senti uma pressão e um desajustamento muito grandes com relação ao ambiente com o qual convivi por muitos anos. Até me acostumar com essa diferença, desgastei-me bastante. E, confesso, que até os dias de hoje, ainda sinto certo desconforto com tudo isso. E por que? Como uma boa parte dos usuários
pensa que o profissional da classe não deve ser pessoa com certo grau de alguma especialização,
em muitas das vezes desdenha dele. E, aí, isso a mim me incomoda muito. Mas que no final me conforta porque com o decorrer de uma conversa, o usuário percebe que está na presença de uma pessoa que possui condições suficientes para desenvolver qualquer tipo de assunto. E com sustentabilidade.
Mas o meu conforto maior é saber que não existe em nosso país, uma profissão ou uma atividade profissional que possa se achar mais idônea do que a de taxista. E a imprensa em geral tem mostrado isso. Políticos, juízes, advogados, professores, médicos, dentre outros, tem sido notícia nos meios de comunicações, mostrados como pessoas que cometeram crimes dos mais diversos. Com isso, não se podendo criar diferenciações morais de nenhuma profissão. Bons e maus profissionais existem em todas as atividades. Não se pode criar exceções.
Por fim, digo que descobri a possibilidade de se possuir um blog. Nele se pode desenvolver uma gama de processos. E eu escolhi o de comentar sobre o nosso dia-a-dia. Também sobre comportamento humano. E disso eu entendo muito bem porque não se vive por cerca de 17 anos, impunemente, numa área de recursos humanos, sem que deixemos de absorver ensinamentos e aprendizados sobre a espécie humana. E por mais de 22 anos na atividade de taxista, onde voce lida com todo o tipo de gente e de comportamento. Daí posso me considerar um auto-didata em três áreas: sociológica, psicológica e antropológica...não necessáriamenete nessa ordem...ah! ah! ah!

sábado, 11 de julho de 2009

AS NOSSAS EPOPÉIAS

Alvíssaras! A coragem se fez presente.
Para quebrar o clima de seriedade dos nossos textos anteriores, vamos contar um pouco de nossas epopéias pelas estradas do nosso estado. Proporcionadas por belos e longos passeios que efetuamos quando a oportunidade se nos aparece.
Essas oportunidades são aproveitadas quando chegam os feriadões ou mesmo num fim de semana de sol. Os nossos passeios são feitos de motocicleta. Mesmo sendo uma motocicleta já velhinha (1995) não temos nenhum temor em acessar as estradas do nosso estado (e uma parte delas é praticamente cheia de buracos) em busca de paisagens e lugares lindos e maravilhosos.
Mas a idéia maior é conhecer as cidades - e também as pessoas. Observar as diferenças que existem entre esses lugares e essas pessoas. E, também, aliviar a pressão que é a de viver numa cidade como a nossa, o Rio de Janeiro.
Em geral não é necessário dispor de muito dinheiro. Basta ter o suficiente para abastecer o tanque da motocicleta - que é econômica - e para as refeições do dia. Como os passeios são feitos em ida e volta no mesmo dia - quase sempre - não há a necessidade de se alojar em nenhum lugar, diminuindo, com isso, a carga de despesas.
Quem se dirigir, por exemplo, na direção de Miguel Pereira terá a oportunidade de conhecer uma cachoeira de fácil acesso. Praticamente na beira da estrada. Ela se chama Cachoeira de Santa Branca e está localizada no quilômetro 32 ou 33 da estrada que liga a Via Dutra àquele município.
É de encher os olhos, como se diz popularmente. Um acesso tão fácil, uma água cristalina, um ar puro e uma tranquilidade bucólica onde só encontramos nesses lugares.
Passar um dia num desses lugares é como se recuperássemos quase toda a energia que perdemos num ambiente como o que vivemos numa cidade grande. Um ar altamente comprometido, excesso de ruídos, perturbações mil. Quem aguenta?
Até mesmo o percurso da viagem é alentador. Mato, vegetação e ar puro, conforta e recupera o ânimo de qualquer um. Acrescente-se aí a paisagem. Isso sem contar a visão de inúmeras fazendas onde pastam rebanhos de animais. Também observamos a presença de pássaros.
Mas o mais importante, prezados leitores, é a sensação de liberdade. Isso não tem preço. Não há dinheiro que pague.
E, para voce que só pensa em ganhar dinheiro, deixamos esse desafio: tome a coragem de ir, só ou acompanhado, a um passeio desses e, na volta, conte-nos as novidades e as sensações pelas quais passou. Se for diferente das nossas, pode procurar um psicólogo...quiça um psiquiatra..ah!ah!ah!

NOVAS CONJETURAS

Olá prezados leitores (e quantos são, por acaso?). Estamos afastados deste espaço mas informamos que não é por falta de assunto, não! É, tão somente, por falta de coragem, mesmo!
Assuntos, por certo, nunca faltarão a quem pretenda, como eu, desenvolver textos para que alguém os leia.
Nesses últimos tempos, venho buscando encontrar certas respostas, respostas estas que são a busca de uma boa parte das pessoas deste mundo. Se formos nos reportar aos religiosos - e aos protestantes, em especial - a resposta será dada na mesma hora: Deus.
Que coisa simples, não é? Tão simplista a questão. Mas não concordamos com essa tese. E tentaremos explicar a nossa posição.
Já tivemos oportunidade de externar nossa visão a respeito deste assunto em artigo anterior. Nos tempos modernos - esses em que estamos vivendo - as pessoas estão em busca de coisas impossíveis, digamos. Despreocuparam-se daquilo que é importante para as suas vidas e estão em busca de coisas que, teóricamente, lhes trarão mais facilidades, mais comodidades, mais prazeres na vida. Mas será que é isso mesmo? Repetimos que já fizemos abordagem sobre essa matéria. O que acontece com as pessoas é o seguinte: elas desconhecem o que é viver uma vida simples. Uma vida que lhes proporcione, ao mesmo tempo, tranquilidade, alegria, prazer, saúde. Envolvem-se em muitas coisas ao mesmo tempo e isso acaba lhes tirando todas essas proprie-
dades aqui citadas. E como isso se dá? A mídia maciça e explorativa, incute nas pessoas uma certa propaganda de consumismo desenfreado, fazendo-as perderem suas capacidades de análises. Análises essas que nunca deveriam ser esquecidas ou abandonadas por elas, haja vista que é através delas que podemos discenir o que é bom ou ruim para as nossas vidas.
Daí que, criada essa situação de desequilíbrio mental e psicológico, as pessoas se envolvem em
situações simultâneas que acabam lhes trazendo desequilíbrios na vida financeira e, por desdobramentos, problemas de ordem pessoal, familiar e, principalmente, de saúde.
No aspecto geral, após esta situação de descalabro em suas vidas se instalarem, a maior parte das pessoas vai buscar ajuda através de uma ou outra religião. Até mesmo através de certos segmentos que em nada lhes ajudarão, que são aqueles muitos conhecidos por todos: os pastores de igrejas evangélicas; os pais de santos; os advinhos; as cartomantes. Já repararam como isso é interessante?
E, aqui, podemos até nos arvorar em dono da verdade: diremos que a solução de todos os problemas das pessoas está num só lugar: a própria mente da pessoa.
E óbvio que tal colocação situar-se-á como colocado anteriormente por nós. Muito simples, não é? E afirmamos que não. Não é tão simples como parece. O uso da mente requer preparo e conhecimento desse processo. De certa forma é um processo árduo, trabalhoso, cujos resultados só virão com o tempo. Tempo esse em que as pessoas livrar-se-ão dos seus maus comportamentos. Eliminando àqueles atos indevidos, permutando-os por novos hábitos e reordenando ou norteando o rumo de suas vidas para outra direção.
É óbvio, repetimos, que existe uma força superior que nos rege - a tudo e a todos - e da qual não podemos nos esquecer. Mas a sintonia com ela pode ser feita de modo direto. por nós mesmos, sem intermediários.
Se quiserem aprender o caminho podemos indicar: LOGOSOFIA

A HORA DO DESFECHO SE APROXIMA

     É, parece que estamos perto do desfecho dessas situações esdrúxulas que foram criadas no país por um personagem que andam denominando d...