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domingo, 19 de junho de 2011

MEA CULPA


Senhoras e Senhores:
      Os tempos mudaram, os tempos são outros. E, dirigindo-me aos
seus destinos, não há como querer atribuir culpa a ninguém que não 
seja, exatamente, aos senhores, mesmos.
      A opção de vida que fizeram, foi feita de forma consciente e natural.
 Os ensinamentos que receberam de seus pais, não foram e nem são os
 ensinamentos que repassaram a seus filhos. Tudo aquilo que vossos 
pais lhes ensinaram ficaram para trás. E esquecidos em vossas mentes.
      A educação rígida que lhes foram impostas, fizeram com que todos 
agissem ao contrário com relação à educação dos vossos filhos. 
Ou seja: os senhores e senhoras de hoje, optaram por criar seus filhos
 da forma como gostariam de ser criados e educados. Sem compromisso
 com a decência, moral, pudor, respeito a tudo e a todos. Também 
esqueceram de repassar para seus filhos a respeito da ética.
      Os senhores e senhoras que são os pais de hoje, só não estão
 percebendo onde tudo isso chegou. E o interessante é que reclamam de
 tudo e de todos. Mas reclamar de quê, de quem e por que? São os 
senhores mesmos os responsáveis por tudo de bom ou de ruim que está
  aí à nossa disposição. O respeito que exigem dos jovens, é o mesmo 
respeito que não os ensinaram como deveriam ter feito. O compromisso
 com a verdade e a seriedade não foi repassado àqueles que deveriam ter
 assimilado tais itens. E, assim, tudo que está aí é o resultado do pouco
 caso para com as regras rígidas que se fizeram e se fazem necessárias
 a alguém para se tornar um cidadão do bem.
      A permissividade dos pais aos seus filhos, talvez seja um dos fatores
 responsáveis por quase tudo o que está aí de errado nessas novas
 gerações. Todos ficam se perguntando por que acontecem tragédias
 diárias no nosso cotidiano, atingindo, principalmente, aos jovens.
 A violência que eles sofrem e praticam, simultaneamente, é apenas o 
reflexo daquilo que receberam de seus pais como educação.
 Mas observa-se, também, não só violência por parte dos jovens.
 Existe o desamor, a frieza e a indiferença aos seus. Voltam-se apenas
 para si próprios e não retribuem nada àqueles que os ofereceram amor
 ou seja lá o que for de um sentimento de estima e/ou consideração.
      E, por favor, não me venham dizer que só os filhos dos outros é que
 são assim. O estereótipo dos jovens hoje é quase que um mesmo padrão.
 Só muda no nome e na roupa que vestem. Mas os senhores e senhoras
 não veem e nem percebem isto nos seus, só nos dos outros.
 Não é engraçado isso?
      E nesses últimos tempos tivemos um bom exemplo do que o futuro 
nos oferece: foram muitos para a orla num fim de semana, exigir das
 autoridades que essas lhes permitam usar drogas do jeito e do modo 
que quiserem. Mas o surpreendente e preocupante foi ver que os
 Ministros do Supremo Tribunal reconheceram o direito a qualquer 
cidadão de se manifestar livremente sobre isso. Esqueceram eles que
 existe lei que proíbe o uso de entorpecentes e os criminaliza.
 Ou seja: passaram eles mesmos por cima da lei.
      Mas esperem daqui há algum tempo o resultado de tais decisões.
 Quando seus filhos entrarem no universo das drogas e começarem a 
lhes criar problemas e dificuldades, vão reclamar ao Papa. Talvez ele 
lhes possa amparar ou proteger. Mas se não puder, tudo bem.
 Só não vale é reclamar.
Ok?  

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