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domingo, 15 de agosto de 2010

TIRANDO A MÁSCARA

          Há muito tempo venho conjeturando a respeito do que vou dissertar aqui. O assunto não é simples, até pelo contrário, é muito complexo. Falar de Jesus, por exemplo, é uma coisa muito difícil e complicada. Existem milhares de estudos a respeito Dele e muitos desses estudos se transformaram ou se transformam em muitas discussões.
           Segundo os cristãos Jesus foi um ser sereno, pacato, bondoso e justo. Não podemos esquecer que, dentre muitos dos seus ensinamentos existe um, especificamente, que aconselha a quem for agredido em uma face, coloque a outra para a mesma ação. Ou seja: quando alguém nos esbofeteia num lado do rosto, devemos oferecer o outro lado, também! Não podemos, de forma nenhuma, responder uma agressão com outra.
           Dentro dessa mesma circunstância Confúncio ensinou diferente. Caso sejamos agredidos, ou ofendidos, devemos buscar a justiça. Assim ele decretou. E o que podemos assimilar dessas duas ações?
           Vai depender da natureza de cada um de nós. Há pessoas passivas, que aceitam tudo que lhes é feito de mal, não reagem a nada. Mas há, também, pessoas que não aceitam tal tipo de coisa. Pessoas que tem o sangue quente, como se diz por aí. Essas, por certo, reagirão contra qualquer fato que lhes aconteça de ruim. Seja lá o que for. Partirão para a briga, reagirão da mesma forma como foram tratadas.
            No entanto, gostaria de colocar para os leitores o seguinte: Quando se afirma que Jesus era um ser muito pacato e sereno, esquecem daquele episódio que aconteceu no Templo em Jerusalém, quando Cristo, chegando até lá e vendo no que se transformara o Templo, vendo-o ocupado por todo tipo de mercadores e afins, partiu para cima deles, derrubando e destruindo os balaios e barracas que estes haviam montado dentro do Templo, para suas negociatas.
            Ao mesmo tempo, ofendia-os com os termos que empregava. É óbvio que se naquela época já existisse reporter e reportagem, e estes estivessem usando microfones e câmeras, hoje saberíamos o que ele dizia quando atacava os mercadores, tentando expulsá-los do Templo.
             No entanto, essa ação de Jesus não foi tão propagada como outras que ele praticou. Penso que houve uma intenção de mascarar ou, até mesmo, escamotear esse tipo de ação e comportamento, colocando-o, sómente, como uma figura passiva, sem atos de severidade ou de agressão.
            Disso posso tirar algumas conclusões. Mas uma delas, é que tenta-se nos dias de hoje, convencer as pessoas para aceitar todas as ações agressivas que sofrem, aceitando tudo de cabeça baixa, não reagindo à nada e nem a ninguém.
            E é por isso que assistimos aos absurdos pelos quais estamos passando. Vendo os indecentes, imorais e cretinos, locupletarem-se absolutamente. Resultando num verdadeiro massacre às pessoas de bem.
Permite-se que a imoralidade se faça presente em todas as horas de nossas vidas. Premia-se aos culpados, faz-se benemerência aos aproveitadores; Permite-se que os vagabundos tenham vida boa, sem precisar de contra-partidas. Quem trabalha e paga imposto é um verdadeiro idiota.
            Vemos aí os que invadem terrenos alheios, serem beneficiados com imóveis grátis e em áreas de boas localizações. Que, de acordo com suas situações financeiras, jamais poderiam usufruir disso.
            Vemos também a cidade ser ocupada por delinquentes e desocupados. Cachaceiros e vagabundos de todos os tipos. O transeunte não pode caminhar pelas calçadas porque uma grande parte delas é ocupada por camelôs e afins.
             Não se pode sair de carro e tentar encontrar um local para estacionar. Logo, logo aparece os famosos 'flanelinhas'. Que em conluio com soldados ou agentes do trânsito, cobram valores escorchantes e arbitrários, sendo que ao fim do dia dividirão com os seus sócios, os aqui já citados. E todos sabem muito bem disso.
              Existe também uma outra grande praga na cidade: os Lava-Jatos. Ocupa-se as calçadas, desvia-se água e faz-se  uma sujeira terrível nos logradouros da cidade. Como, também, atrapalha-se o ir e vir de um cidadão contribuinte. E ai de qualquer um de nós que reclamemos! Correremos o risco até de morte.
             E eu poderia ficar aqui, ocupando tempo e espaço e enumerar outras tantas mazelas a que estamos sujeitos numa cidade como o Rio de Janeiro. Mas vou poupar-me e aos leitores. Sugerindo que o Messias volte logo e resolva todas essas pendengas...

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